Em busca dos elos da arquitetura brasileira
Oliveira Júnior¹
Recentemente tive a grata surpresa de me deparar com um valioso acervo sobre a produção arquitetônica da Escola Paulista Brutalista envolvendo suas obras mais expressivas num recorte histórico entre as décadas de 50 e 70 do século XX.
Oliveira Júnior¹
Recentemente tive a grata surpresa de me deparar com um valioso acervo sobre a produção arquitetônica da Escola Paulista Brutalista envolvendo suas obras mais expressivas num recorte histórico entre as décadas de 50 e 70 do século XX.
Seguindo uma linha do tempo o leitor observa, concomitantemente às obras da escola paulista Brutalista, alguns exemplares arquitetônicos que marcaram o cenário nacional e mundial, além de flashes de fatos políticos, econômicos e culturais de cada época.
Coordenada pela Professora Drª. Ruth Verde Zein, cuja trajetória sempre esteve associada à investigação científica e a crítica arquitetônica, esta pesquisa selecionou um conjunto de 78 obras consideradas as mais relevantes do período, de acordo com os critérios definidos na tese de doutoramento “A Arquitetura da Escola Paulista Brutalista 1953-1973 (PROPAR-UFRGS, 2005) e na pesquisa para um pós doutoramento “Obras Exemplares da Arquitetura Paulista Brutalista” da mesma arquiteta.
Segundo informações do site http://www.arquiteturabrutalista.com.br/, a publicação desse material de consulta tem como objetivo ampliar a divulgação da arquitetura paulista, e brasileira de uma maneira geral, permitindo o acesso às informações tanto aos estudantes, arquitetos, professores, como a todos os interessados no estudo da arquitetura como manifestação cultural, e colaborando assim para o reconhecimento da qualidade e importância das obras da Arquitetura Brutalista, situando-as em seu momento histórico e analisando-as segundo um enfoque crítico arquitetônico.
Imagem: Linha do tempo
Fonte: http://sites.google.com/site/rvzein/
Num momento de grande fragmentação e efemeridade, em que somos cotidianamente encharcados por terabytes de informações, a busca pelo novo tem sido explorada pelos incautos por meio de inomináveis exercícios volumétricos, apoiados nas novas tecnologias de modelagem e renderização, muitas vezes resultando em propostas arquitetônicas frágeis e espaços urbanos homogêneos, corroborando para a construção de uma cidade sem identidade cultural.
Revisitar a escola brutalista paulista é olhar para o nosso passado e fazer as pazes com as nossas raízes. Alejandro Aravena quando esteve no Brasil fez duras críticas a produção arquitetônica brasileira. Numa conversa pessoal com Aravena após a sua palestra no XIII ENGEARQ, em João Pessoa, ele questionou porque havíamos abandonado nossas referências modernistas da época do "Brazil Buildings".
Dentro desta reflexão crítica, a iniciativa de Ruth Verde Zein transcende as muralhas da academia, nos toma de assalto e nos compele a refazer com ela parte deste percusso na história. Utilizando uma linguagem clara e sintética a professora Ruth cativa o interesse do leitor, despertando-a para a relevância do tema.
Certamente este é um dos principais objetivos da pesquisa científica: tornar o conhecimento acessível e engajar o maior número possível de multiplicadores. Nós ficamos aguardando quem irá escrever (disponibilizar) o próximo capítulo.
Certamente este é um dos principais objetivos da pesquisa científica: tornar o conhecimento acessível e engajar o maior número possível de multiplicadores. Nós ficamos aguardando quem irá escrever (disponibilizar) o próximo capítulo.
EQUIPE DA PESQUISA ARQUITETURA PAULISTA BRUTALISTA: 1953-1973
Coordenação: Prof.Dr.Ruth Verde Zein; coordenação dos trabalhos de redesenho CAD: Prof.Mestre Ângelo Cecco Jr. ; apoio de Pesquisa: Prof.Dra.Cecilia Rodrigues dos Santos; aluno bolsista, mestrando PPGAU-Mackenzie: Edson Lucchini Jr.; alunos-bolsistas, graduandos FAU-Mackenzie: Vivian de Freitas Pio, Rômulo Santos Esteves, Laura Teixeira Porto Reis, Thalita Teixeira Ambrogi, Jessica Souza Chamma, Flora Maria Groke Campanatti; alunos voluntários, graduação FAU-Mackenzie: Raphael Ferrari Wittmann, Mariana Fernandes; Pedro Imparato Favale; aluno voluntário, graduação FAU-USP: Eduardo Pompeu Martins; arquiteta voluntária, doutoranda PROPAR-UFRGS: Maribel Aliaga Fuentes.
..
.
Nota
1. Oliveira Júnior é arquiteto graduado pela UFPB, Mestre em Engenharia Urbana pelo PPGEU/UFPB e professor de projeto e urbanismo do curso de arquitetura do Centro Universitário de João Pessoa - Unipê.
.
Fonte: http://www.arquiteturabrutalista.com.br
.
Nota
1. Oliveira Júnior é arquiteto graduado pela UFPB, Mestre em Engenharia Urbana pelo PPGEU/UFPB e professor de projeto e urbanismo do curso de arquitetura do Centro Universitário de João Pessoa - Unipê.
.
Fonte: http://www.arquiteturabrutalista.com.br
Prezado colega Oliveira Jr
ResponderExcluirSomente hoje tive noticia desta sua gentil apreciação sobre o site que organizei com base na minha pesquisa de doutoramente o com a ajuda de colegas e alunos. Agradeço a divulgação e a suas apreciações.
Estou me preparando para, até o final do ano que vem, ampliar o site, complementando o que já há e inserindo outras obras, brasileiras e também internacionais.
Um abraço e obrigada novamente
Ruth Verde Zein
Professora Ruth Verde Zein muito nos honra ter publicado a síntese da sua pesquisa. Temos grande admiração pelo seu trabalho e pela sua sensibilidade e empenho em transportá-lo para além dos muros acadêmicos.
ResponderExcluirMantenha-nos informados sobre suas atividades.
Parabéns!