domingo, 31 de outubro de 2010

Crescimento urbano e meio ambiente

Dubai já descobre o lado menos fascinante do crescimento



O horizonte em Dubai é o mais brilhante de todo o Oriente Médio. Mas em terra firme, os problemas ambientais causados na cidade que foi rapidamente construída sobre a areia não têm nenhum glamour. Nos últimos anos, turistas têm se deparado com detritos na porção de Dubai do Golfo Pérsico. Dessalinizar água do mar para abastecer torneiras, propriedades irrigadas e fontes está aumentando a concentração de salinidade. Ainda que sobre vastas reservas de óleo, a região está ficando sem fontes de energia para sustentar seu pomposo estilo de vida.

Coisas básicas - como o tratamento de resíduos e fornecimento de água limpa - somadas aos inúmeros projetos industriais demandam tanta energia elétrica que a região está a caminho de um futuro nuclear, levantando questionamentos sobre riscos, tanto políticos quanto ambientais, sobre o fato de depender de uma tecnologia vulnerável a acidentes e ataques terroristas. Deslumbrados com a rápida urbanização de Dubai, outros países na região do Golfo tentam seguir seu modelo enquanto se preparam para o grande estouro populacional que está por vir nos próximos dez anos.

Mas além de seus arranha-céus e pistas artificiais de esqui, Dubai traz uma narrativa alarmante sobre os perigos por trás da construção de supermetrópoles no deserto. "O crescimento tem sido intenso, mas as pessoas esquecem do meio ambiente," diz Jean Francois Seznec, especialista em Oriente Médio e professor da Universidade Georgetown, em Washington. "A postura era a de que os negócios sempre vinham em primeiro lugar. Mas agora eles estão percebendo o aumento dos problemas, e descobriram que precisam ser mais cautelosos."

Assim como uma versão oriental de Las Vegas, o maior desafio de Dubai é a obtenção de água - que é encontrada em toda parte, mas, no Golfo, só é própria para consumo com a ajuda de grandes usinas de dessalinização. São elas que produzem as emissões de dióxido de carbono que tornaram os Emirados Árabes Unidos um dos países que mais emitem carbono do mundo. As usinas geram ainda uma enorme quantidade de sedimentos que são bombeados de volta ao oceano.

No limite - Para saciar a sede, os Emirados Árabes dessalinizam o equivalente a 4 bilhões de garrafas de água por dia. Mas sua fonte é escassa: a região tem em média um suprimento de água estimado para apenas quatro dias. Essa margem de escassez é ainda mais reduzida pelo consumo notório de ícones da construção civil, a exemplo do Burj Khalifa, considerado o prédio mais alto do mundo, e que sozinho consome o equivalente a quantidade de água em 20 piscinas olímpicas por dia para manter-se com temperatura amena em meio ao deserto.

Os níveis de de salinidade do golfo aumentaram de 32.000 para 47.000 partes por milhão em 30 anos. Esse número é suficiente, afirma Christophe Tourenq, pesquisador do World Wildlife Fund em Dubai, para ameaçar mangues, a fauna e a vida marinha local. O rápido crescimento causou também outros tipos de problemas ambientais, incluindo o tratamento dos detritos que tem feito um esforço imenso para acompanhar todo esse desenvolvimento. Até agosto, a única unidade de tratamento de dejetos de Dubai foi forçada a manejar 480.000 metros cúbicos de água com detritos diariamente, quase o dobro de sua capacidade total.

Alguns dos 4.000 motoristas dos carros tanques que transportam dejetos diariamente de Dubai até a usina simplesmente desaguavam o carregamento nas linhas de esgoto do elegante bairro de Jumeriah, poluindo lugares como o Dubai Offshore Sailing Club, onde manchas negras ainda são vistas em rochas próximas à marina, denunciando o derramamento de esgoto. Enquanto isso, centenas de arranha-céus tiveram de repensar suas prioridades e soluções em relação ao consumo e obtenção água e gasto de eletricidade; padrões e normas ambientais raramente são postos em prática na construção civil.



Florestas no deserto - Autoridades afirmam que o ritmo de crescimento desenfreado tem sobrecarregado as fontes de recursos naturais. Muitos dos esforços para suprir a demanda dos próximos vinte anos têm aumentado os desafios de proteção ambiental, disse Majid Al Mansouri, secretário geral da Agência Ambiental de Abu Dhabi. "Mesmo superando uma grande parte dos desafios, reconhecemos que ainda resta muito trabalho a ser feito." A sustentabilidade é um assunto muito debatido por aqui, e a capital Abu Dhabi tem sido a maior encarregada pelos erros ocorridos em Dubai.

Para enfrentar o problema de água, Abu Dhabi montou um sistema de monitoramento de água subterrânea e está conseguindo reutilizá-la para irrigar propriedades e florestas no deserto. A cidade começou uma campanha de conscientização. No mês passado, governo aprovou o início da construção do primeiro reservatório de água dos Emirados Árabes Unidos, com capacidade para estocar água para abastecimento durante um mês. O governo também passou a exigir que novas construções sejam projetadas utilizando os padrões ocidentais de redução de impacto ambiental no tocante ao consumo de água e energia.

A ameaça do esgoto diminuiu desde que Dubai inaugurou parte da nova estação de tratamento de água no meio deste ano, duplicando a capacidade de tratamento nos Emirados Árabes. Além disso, após a crise financeira que atingiu Dubai, cerca de 400.000 trabalhadores migrantes deixaram o país, reduzindo a demanda das usinas de tratamento, que atualmente operam em capacidade máxima. Mas até mesmo estas soluções enfrentam dificuldades. "Muitas coisas boas vêm acontecendo," conta Mohammed Raouf, diretor ambiental do Gulf Research Center. "Mas ao mesmo tempo, com todas as leis ambientais, estratégias e planos de sustentabilidade, nem tudo tem sido aplicado."

Futuro nuclear - Ambientalistas afirmam que ainda existem denúncias do despejo de dejetos na rede de esgoto do deserto. E enquanto o governo tenta abordar os problemas da água e dos detritos, Dubai e Abu Dhabi aguardam ansiosamente a nova leva de moradores que chegará na próxima década, implicando uma nova demanda por água tratada, saneamento e eletricidade. Grandes projetos industriais, a exemplo da fundição do alumínio e produção de aço, que exigem fontes grandes e estáveis de eletricidade, sobrecarregam a capacidade de energia dos Emirados Árabes. Muitos desses projetos são de produção para exportação que complementam os negócios petrolíferos do país e também são utilizados na implementação de infraestrutura.

No entanto, eles são abastecidos com gás natural do Catar, com capacidade para suprir apenas a região. Alternativas como a energia solar e eólica, dentre tantas outras soluções como o uso do carvão, acabam não sendo viáveis por causa de desafios de transporte e fornecimento. Como resultado, os Emirados estão pensando em utilizar energia nuclear como a principal fonte energética. Em dezembro, os Emirados Árabes assinaram um acordo com Washington para permitir a construção de usinas nucleares que não fazem uso ou reprocessam urânio. Abu Dhabi estima construir cerca de quatro usinas até 2017 e conseguir gerar cerca de 23% da energia dos Emirados Árabes até 2020.

Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Banhein e Egito também estudam o uso da energia nuclear. "Nós vemos a energia nuclear como um fator importante para o desenvolvimento econômico e a diversidade estratégia dos Emirados Árabes," afirma Mohamed Al Hammadi, diretor executivo da Emirates Nuclear Energy Corp. "A energia nuclear fornece energia 24 horas, sete dias por semana, um ano inteiro, então é uma solução compatível." Entretanto, sob a ótica da sustentabilidade, o uso da energia nuclear não faz muito sentido, argumenta o especialista ambiental Raouf.

Ainda que produza energia limpa, ela "não pode ser renovável, há um grande problema com o gasto, e a provisão de urânio está prestes a sumir dentro de 40 ou 50 anos", diz ele. "É pouco lógico, ao menos que você realmente queira usá-la por razões políticas ou de segurança." Al Hammadi, que trabalha junto às autoridades para descobrir novas formas de aumentar a oferta de energia dos Emirados Árabes, afirma que a tecnologia nuclear implementada é "um modelo seguro e tranquilo". Ainda assim, ambientalistas temem que o governo esteja perseguindo um modelo de desenvolvimento econômico de maneira confusa. "O que o país nos mostrou," conta Raouf, "é que se não trabalharmos com a sustentabilidade, podemos até conseguir lucro de forma mais rápida, mas vamos ter de encarar muitos riscos".

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Arquitetos reinvidicam concursos públicos de projeto

CARTA ABERTA AOS CANDIDATOS AO GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA


O Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento da Paraíba (IAB-PB), juntamente com a Câmara Especializada de Arquitetura do CREA-PB (CEARQ/CREA-PB) e o Sindicato dos Arquitetos da Paraíba (SINDARQ-PB), tendo em vista as políticas de desenvolvimento urbano e territorial das cidades paraibanas, reivindicam ao futuro Governador do Estado da Paraíba a realização de Concursos Públicos para a contratação de Projetos Arquitetônicos e Urbanísticos na execução de obras públicas em áreas especiais de interesse cultural, ambiental e turístico.

Fundamentados na Lei de Licitações Nº 8.666/1993, que dá preferência aos concursos para a contratação de projetos, destacamos esta boa prática como a modalidade que melhor promove os critérios de impessoalidade, transparência e competência, além de valorizar o bom emprego dos recursos públicos e a democratização das oportunidades. Solicitamos ainda o compromisso dos candidatos quanto à regulamentação de uma lei estadual específica que disponha sobre a matéria referenciada, tornando-a obrigatória.


Arqª. Cristina Evelise Vieira Alexandre
Presidente do IAB-PB / 1ª Vice-Presidente do CREA-PB

Arqº. Fábio Ramos de Queiroz
Presidente do SINDARQ-PB

Engº Civil e Seg. Trab. Paulo Laércio Vieira
Presidente do CREA-PB

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

XX FÓRUM DE ARQUITETURA E URBANISMO DO UNIPÊ

RIOS URBANOS

27 e 28 de outubro de 2010 – Auditório do Espaço Cultural UNIPÊ


PROGRAMAÇÂO

DIA 27/10 – QUARTA-FEIRA

MANHÃ

9hDinâmica de início do Fórum com os alunos
9h30minRecepção aos alunos com café da manhã

10hAbertura
Exposição de vídeo sobre o Rio Jaguaribe

10h30minPalestrante: Luís Vieira (arquiteto e paisagista - PE)
Tema: Rios Urbanos: Intervenções Paisagísticas

11h30min Debate

TARDE

14hOficina: reflexões e propostas urbanísticas para o rio Jaguaribe
Visita a campo – rio Jaguaribe
Professores orientadores: Marco Suassuna, Luciana Passos e Sônia Matos (UNIPÊ)
Saída em ônibus do bloco P (bloco de Arquitetura e Urbanismo do Campus UNIPÊ)

DIA 28/10 – QUINTA-FEIRA

MANHÃ

8h30minPalestrante: Niedja Lemos (UNIPÊ)
Tema: As águas da cidade – análise das bacias intraurbanas de João Pessoa

9h30minPalestrante: Doralice Sátyro Maia (UFPB)
Tema: Desvendando o campo na cidade: um percurso pelos vales dos rios urbanos de João Pessoa

10h30minIntervalo para café
10h50minPalestrante: André Queiroga (UFPB)
Tema: Sustentabilidade em bacias hidrográficas urbanas

11h50min Debate

TARDE

14hOficina: reflexões e propostas urbanísticas para o rio Jaguaribe
Atividades propositivas em atelier
Professores orientadores: Marco Suassuna, Luciana Passos, Niedja Lemos e Sônia Matos (UNIPÊ)
Atelier 01 do bloco P (bloco de Arquitetura e Urbanismo do Campus UNIPÊ)

DIA 29/10 – SEXTA-FEIRA

MANHÃ

9h às 12hExposição dos resultados da Oficina
Bloco P (bloco de Arquitetura e Urbanismo do Campus UNIPÊ)

OBS: As inscrições para a Oficina "reflexões e propostas urbanísticas para o rio Jaguaribe" devem ser feitas na secretaria do curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIPÊ (bloco P), de 18 a 26 de outubro, entre 8h e 17h. A inscrição é gratuita, e as vagas são limitadas.
 
Maiores informações: 2106 9278 (coordenação do curso de arquitetura)

V Momento de Arquitetura e Urbanismo




Você conhece sua cidade?

O Momento de Arquitetura é um evento que tem caráter breve, porém intenso. Com a ideia de estimular as relações entre alunos, professores e UFPB com a Arquitetura e o Urbanismo, o Momento contará com palestras, oficinas, vivencias, etc. Em sua 5ª versão, a temática abordada será a cidade como um todo.

QUAL É O TEMA?!


A temática escolhida para o 5º Momento de Arquitetura foi intitulada “João Pessoa – Por uma Cidade...”, a fim de se trabalhar o objeto urbano sob diversas perspectivas, tais como o do planejamento urbano, o da percepção sensorial do espaço, das integrações sociais, junto às dinâmicas de desenvolvimento e caracterizar a função do arquiteto nestas relações.

"A cidade. Os modernos quase que completamente esqueceram o verdadeiro sentido desta palavra: a maior parte confunde as construções materiais de uma cidade com a própria cidade e o habitante da cidade com um cidadão. Eles não sabem que as casas constituem a parte material, mas que a verdadeira cidade é formada por cidadãos." (Jean-Jacques Rousseau - O Contrato Social)

A temática prevê ainda o aprendizado de forma consciente, levando em conta a necessidade de incutir nos estudantes a produção de Arquitetura e Urbanismo de qualidade sustentável. O alerta para os futuros profissionais enquanto estudantes é tratar a percepção da Arquitetura e do Urbanismo no seu cotidiano, caracterizando-os, de fato, como áreas de conhecimento cujos passos sempre foram reflexos do comportamento da sociedade, sendo assim de fundamental importância o acompanhamento da tecnologia e de todos os “prós” e “contras” que a cercam e que, inevitavelmente, afetam o espaço em que vivemos.

PROGRAMAÇÃO


O V Momento de Arquitetura e Urbanismo acontecerá entre os dias 03 e 07 de novembro de 2010, em João Pessoa - PB.

Para mais informações!
http://vmomento.blogspot.com/

domingo, 24 de outubro de 2010

Marcelo Barros




Cobertura 2

Cobertura 1

Tipo 2

Tipo 1

Térreo

Subsolo



Ficha técnica

Arquitetura: Marcelo Barros
Local: Campina Grande
Cosntrutora: Batista Sales Engenharia

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Oliveira Júnior

Auto Shopping Cidade Empresarial - GO
1º lugar Prêmio ABCEM 2010 (edificações)







Localizado no Loteamento Cidade Vera Cruz (Cidade Empresarial) em Aparecida de Goiânia – Goiás, o Auto Shopping Cidade Empresarial é um empreendimento voltado para o comércio de veículos seminovos dotado de infra-estrutura de apoio e serviços para proporcionar o máximo de conforto e comodidade aos seus usuários.

O arranjo espacial das lojas foi definido de acordo com a geometria do terreno e o equipamento implantado no lote obedecendo a hierarquia viária, a direção dos fluxos de veículos, a minimização do impacto urbano e segundo a lógica da distribuição funcional das atividades comerciais.

O conjunto de 32 lojas foi recuado o máximo possível das principais testadas do terreno permitindo liberar área para vagas de estacionamento com piso em concregrama para favorecer a permeabilidade do solo.

A estrutura anteriormente existente no Condomínio Cidade Empresarial forneceu salas de apoio destinadas a instalação de bancos, financeiras, despachantes, administração, entre outros, além de conveniências como lanchonetes, cafés e restaurantes.

Todas as dependências do edificío, inclusive as calçadas externas que circudam o emprendimento foram adequadas as exigências da ABNT NBR 9050:2004 e receberam rampas, onde havia diferença de níveis, para permitir ampla acessibilidade e autonomia aos portadores de necessidades especiais.

A edificação abriga um salão de 7.400m² e trata-se de uma grande cobertura metálica definida por dois galpões simétricos, compostos por um conjunto de pórticos em forma de semi-arcos interligados por uma rua central. Cada um dos galpões abriga um total de dezesseis lojas, agrupadas duas a duas e apoiadas por sala administrativa, um depósito individual e um conjunto de sanitários masculino e feminino.

A diferença de altura entre os arcos da coberta possibilitou a criação de uma abertura protegida por brises com o objetivo de permitir a circulação dos ventos e a exaustão do ar quente garantindo conforto térmico adequado.

A escolha da tecnologia construtiva em aço se deu devido à flexibilidade do material e à facilidade de vencer grandes vãos com a máxima esbeltez das peças e a criação de um conjunto arquitetônico extremamente leve. Outro fator preponderante foi a possibilidade de produzir toda a estrutura fora do canteiro de obras, evitando desperdícios de materiais, acelerando o processo de montagem e reduzindo o cronograma da obra. Acrescente-se a estes fatores, a amenização do impacto ambiental, devido à possibilidade de reutilização e reciclagem de todos os componentes construtivos, o que minimiza a produção de resíduos no meio ambiente, bem como promover a economia de recursos naturais, financeiros e energéticos.


Ficha técnica

Obra: Auto Shopping Cidade Empresarial
Local: Aparecida de Goiânia/GO
Arquitetura: Oliveira Júnior. - Tel.: 83 3246-4790 / 83 8832 5856
Colaboradores: Matheus Quirino e Rodrigo Rathge.
Site: www.7s34w.com
E-mail: 7s34w@7s34w.com

Fundações/Concreto Armado: ENGESOL - Eng. Huver Paulucci – Tel. : 62 3225-5937
Instalações: ELCONTEC - Eng. Paulo – Tel.: 62 3210-8888
Projeto Estrutura Metálica: ARQUITRAVE ENGENHARIA –Milton Galindo Filho / Cezar Valmor Mortari – Tel.: 62 3205-6699
Execução Estrutura Metálica: ARQUITRAVE ENGENHARIA –Cezar Valmor Mortari / Hernandes Ribeiro da Silva – Tel.: 62 3205-6699
Imagens: Studio Onzeonze
Dimensões Básicas: 75,00m x 105,00m
Área Coberta em projeção: 7.800 m2
Área de Telhamento: 8.800 m2

Peso da Estrutura Metálica: 160 ton
Material aplicado na Estrutura Metálica: Chapas USI SAC 300, alta resitência à corrosão em arcos soldados e terças tipo Z com Sleeves, totalmente parafusados.
Telhamento: Telha térmica tipo sanduíche pré-pintada com 0,50mm de espessura, ondulada, com núcleo em fibra de vidro, com cartolas distanciadoras. Arremates com multidobra.
Venezianas: Em alumínio anodizado vermelho
Vidros Laminados 10mm
Alumínio Composto ACM
Piso de alta resistência tipo Corodur
Proteção contra incêndio: Ativa

Endereço da Obra: Rua 300, s/n, Qd 03-B, Lote 01 a 04, Sala 31, Condomínio Cidade Empresarial – Setor Vera Cruz – Aparecida de Goiânia - GO -CEP: 74.935-900
Sócio Majoritário: Carlos Luciano Lira
Projeto: 2007
Obra: 2009

Pense de novo!

sábado, 16 de outubro de 2010

Duas perguntas dos arquitetos aos candidatos ao governo da PB

POR QUE OS CONCURSOS DE ARQUITETURA NÃO SÃO FEITOS?

ASSIM CONTINUARÁ EM SUAS FUTURAS POSSÍVEIS GESTÕES?



Faço essas perguntas, já que, para nossa decepção, nem o IAB/PB, nem o Sindicato dos Arquitetos, nossos pretensos representantes, não as fazem, e porque tenho constatado, entre os muitos colegas que abordo, uma grande frustração quanto ao tratamento dessa questão pelos sucessivos governos, sejam eles municipais ou estaduais, na Paraíba.

Ambos os candidatos, quando no poder, fizeram tábua rasa da Lei da obrigatoriedade dos concursos públicos para projetos de arquitetura de obras públicas de vulto e emblemáticas na nossa cidade e nosso estado (Lei que, inclusive, é da lavra do candidato Ricardo Coutinho, que angariou, com isso, a simpatia dos arquitetos nos pleitos municipais em que se elegeu). Na prática, vimos espaços emblemáticos da cidade como o Ponto de Cem Réis, o Mercado Central, o espaço arquitetônico de Tambaú (Feirinha, Mercado de Peixe, etc.) entre outros, serem entregues diretamente a profissionais sem que houvesse concurso. Por outro lado, vimos o candidato José Maranhão contratar o projeto de uma obra do vulto do Centro de Convenções da Paraíba com um escritório de outro estado, t ambém sem concurso.

Os concursos públicos de arquitetura, como se sabe, são o equivalente das licitações públicas de obras e serviços em geral. E são regidos, inclusive, pela Lei das Licitações. Além desse aspecto legal, os concursos de arquitetura são uma oportunidade de tornar o processo mais amplo e participativo, uma vez que possibilita aos diversos segmentos da sociedade opinar sobre a configuração dos espaços e das obras públicas, tendo diante de si dezenas (e às vezes centenas) de projetos alternativos.

Peço aos arquitetos afetos a ambos os candidatos que lhes façam chegar ao conhecimento estas questões que nos são caras, para que se posicionem publicamente quanto ao assunto. Assim, poderemos justificar melhor o nosso voto nesse segundo turno.

Temos ainda 15 dias para aguardar um posicionamento que há anos estamos esperando.

Aguardo manifestação/posicionamento dos candidatos e dos colegas pelo e-mail helioclima@uol.com.br, pelo blog ArqPB, ou por qualquer outro meio lícito de comunicação, menos CARROS de SOM, porque já não tem mais quem agüente tanta perturbação da vida privada e desrespeito promovido pelos que deveriam velar pela tranqüilidade do cidadão.

Saudações cordiais, em nome de toda a nossa categoria.

Hélio Costa Lima
Arquiteto Professor do Curso de Arquitetura da UFPB

domingo, 10 de outubro de 2010

7S34W Studio

Casa MP















Esta casa localiza-se em um condomínio residencial, numa área de expansão urbana e ainda pouco  habitada, onde ainda predominam vazios urbanos, extensas áreas verdes e o parque ambiental do Cabo Branco.
A proximidade com o litoral e a afinidade dos clientes com uma tipologia construtiva “rústica”, com predomínio de madeira e telhado cerâmico evocou um partido arquitetônico impregnado de referências vernaculares.
O uso do telhado “borboleta” permite uma abertura do ângulo de visão para o exterior desde o interior da casa até a varanda.   Este artifício seria arriscado e poderia expor as fachadas as intempéries e ao excesso de insolação, não fosse amparado por um proeminente balanço do beiral.
As esquadrias em vidro e venezianas móveis permitem o controle da iluminação natural e do fluxo da ventilação  que perpassa os ambientes internos até sua exaustão por meio da abertura na parte superior da coberta acima do mezanino, na sala.
Na fachada poente um jogo de rasgos e pequenas aberturas faz uma alusão à obra de Corbusier.


This project is located in a residential condominium, at a sprawling urban area with still the prevalence of empty urban lots, extensive green areas and close to the Cabo Branco environmental Park.
The architectural style impregnated by vernacular references in this project is particular influenced by the proximity to the seashore and by the client’s taste for rustic type of construction with predominance of the use of wood and terra-cota mission (Spanish) roof tiles.


The use of the” Butterfly” shape of roof allows an extended sight view from the interior of the house to the exterior up to the veranda. That could leave the facade exposed to the weather conditions and excessive sun light if it did not have the long eaves projection.


The glass and adjustable Venetian windows allow natural lighting control and ventilation that pass thru the interior of the rooms and is exhausted thru an opening under the roof above the mezzanine in the living room.


On the west façade there are only narrow openings randomly positioned to allude Le Corbusier projects.




Ficha técnica

Arquitetura: Studio 7S34W
Autor: Oliveira Júnior
Colaboradores: Marcelo Medeiros e Rodrigo Rathge
Cliente: Mário Pereira
Construção: Mestre Joca
Esquadrias: Mestre Ivan
Coberta: Zaqueu Tavares
Revestimentos: Elizabeth e Portobello
Interiores: Geórgia Raquel
Imagens: André Braz
E-mail: 7s34w@7s34w.com

Antonio Cláudio Ximenes Massa

O arquiteto artista

Antonio Cláudio Ximenes Massa leva muito a sério essa ligação quase umbilical da arquitetura com o gestual, com o artístico. Em recente publicação a Revista Ambientes traça o perfil do artista e revela uma pequena mostra da sua expressiva produção.
Toinho, como é conhecido carinhosamente pelos amigos, além de artista impecável, é um arquiteto brilhante e um ser humano extraordinário. Um orgulho da nossa terra.
Vale a pena clicar nas imagens e amplia-las para conferir a matéria completa.






Fonte: matéria publicada na seção Galeria da revista Ambientes - Arquitetura /Decoração /Design, nº 17 - 2010, ano V de setembro de 2010.