segunda-feira, 21 de abril de 2008

Marcos Santana

Projeto de Revitalização do Parque Arruda Câmara



Fonte do Tambiá.


Acesso à Ilha do Macacos e à Fonte.


Mirante em Balaustrada.


Vista panorâmica do lago dos pedalinhos.

Planta Geral de Implantação


Planta de Implantação Trecho A


Ampliação da Planta de Implantação Trecho A


Planta de Implantação Trecho B


Ampliação Planta de Implantação Trecho B

Guarita


Guarita


Capela








Lanchonetes na área do Lago dos Pedalinhos



Pier de acesso ao Lago dos Pedalinhos


Playground


Vista Pier e Playground

Vista Pier e Playground


Área da Fonte de Tambiá


Jardim Sensorial



Museu

Orquidário



Parada

Viveiro de Aves
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A BICA
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O Parque Arruda Câmara, mais conhecido como “Parque da Bica”, foi inaugurado em 1922, durante o governo de Guedes Pereira, sendo registrado como Parque Zôo Arruda Câmara junto ao IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) apenas no ano de 1999. Além disso, o Parque ainda sofreu uma alteração na sua denominação, passando a ser Parque Zôo Botânico Arruda Câmara, em 2006, através da Lei Municipal Nº 10.723.
De acordo com o Código Municipal de Meio Ambiente (Lei 029/2002; artigo 26,III), o Parque da Bica encontra-se inserido na Zona Especial de Conservação, a qual caracteriza-se pelo respeito às condições especiais de uso como a conservação, a educação ambiental e o lazer.
Atualmente, o Parque dispõe de uma estrutura descontínua ao longo de sua área, visto que o seu desenvolvimento se deu gradativamente sem a elaboração de um plano integrado que trouxesse uma unidade funcional, plástica e paisagística para o local. Sua atual estrutura de recursos humanos conta com diversos setores, devido a seu caráter multifuncional, que são:
· Administração;
· Área de contemplação e Lazer;
· Educação Ambiental;
· Manutenção;
· Botânico;
· Zoológico.
Além do seu caráter multifuncional e do fato do referido parque estar situado numa zona que respeite condições especiais de educação ambiental, conservação e lazer, ele possui em seu interior um monumento tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN), conhecido como a Bica de Tambiá.
Com isso, pode-se constatar a importância do Parque para a cidade e para a população de João Pessoa, a qual carece de espaços urbanos com tamanha diversidade de recursos oferecidos devido, principalmente, ao fato de se tratar de uma cidade litorânea.
Portanto, tais fatos justificam a necessidade do desenvolvimento de um plano que, além da unidade e continuidade do parque, proporcione a valorização da sua flora e fauna e do seu monumento histórico, oferecendo à população um agradável ambiente de lazer e educação acessível a todos.
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DIRETRIZES DO PLANO
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A implantação da proposta que ora se apresenta para reforma do Parque Zoo-Botânico Arruda Câmara seguirá às normas estabelecidas pelos órgãos e instituições que estão direta ou indiretamente relacionados ao seu funcionamento e gestão e, também, às diretrizes estabelecidas em seu Plano Diretor, com a finalidade de ali ser desenvolvido um espaço adequado ao uso humano e as espécies zôo-botânicas plenamente adequado ao meio onde encontra-se inserido.
O Plano Diretor tem como principal objetivo esclarecer questões sobre o partido adotado por esta proposta, além de assegurar a fidelidade aos conceitos que nortearam sua concepção, além do estabelecimento das seguintes diretrizes:

· Todo o conjunto edificado deverá adequar-se à NBR 9050, conforme as definições do projeto que acompanham a proposta;
· Todo o tratamento ao conjunto paisagístico deverá obedecer ao Plano de Manejo Ambiental desenvolvido e anexado à proposta;
· Os recintos para as diversas espécies Zoológicas que fazem parte desta proposta foram desenvolvidos respeitando a Instrução Normativa 04 de 04/03/2002-IBAMA, no entanto é importante lembrar que como é possível perceber na proposta de implantação constante nas pranchas de desenhos, que a quantidade de recintos propostos é superior a existente atualmente. A locação de espaços destinados a aquisições futuras garante o desenvolvimento físico do parque de forma ordenada, garantindo a unidade entre os diversos equipamentos. Para tanto é necessário definir antecipadamente a seqüência de execução segundo as necessidades.
· A unidade formal entre os equipamentos para uso humano, recintos dos animais e a proposta urbanística/ paisagística como um todo, deverá estar completamente garantida, por meio da fiscalização da própria administração do parque. No caso da criação de futuros espaços ou demandas de novos equipamentos que não constarem desta proposta aconselha-se a orientação da equipe responsável pelo projeto no estabelecimento de diretrizes de projeto que deverão então ser seguidas.
· A proposta contempla a criação de uma unidade de conservação, integrando às áreas hoje ocupadas pelo Parque Arruda Câmara, Escola Piolim e pela CPTRANS ( ver proposta de ampliação dos limites do parque, constante no Plano de Manejo).
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FISIOGRAFIA

O terreno, onde está inserido o Parque, é formado por um polígono irregular, com área verde de 26,8 ha, ou 268.000 m², localizando-se próximo do centro da cidade, na divisa dos bairros Roger e Tambiá, sendo seu acesso na altura da divisa dos bairros, praticamente.
O relevo do terreno ocupado pelo parque é considerado acidentado e encontra-se dividido em três setores, sendo a sua parte mais alta caracterizada pela presença da Mata Atlântica, a qual foi amplamente devastada em outras regiões do Nordeste e onde são encontradas árvores de grande porte como as sucupiras e as pirauás.
A acomodação dos equipamentos existentes no parque foi feita considerando as condições do se relevo, gerando com isso diferenças de nível acentuadas, dificultando o passeio em alguns percursos.
Na cota mais baixa, onde coincidentemente se encontra a área de topografia mais plana se encontra o “lago das cinco fontes”,área de rara beleza de grande potencial paisagístico.
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PLANO DIRETOR
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ZONEAMENTO

O zoneamento das áreas destinadas à implantação de equipamentos e recintos dos animais foi definido levando em consideração a atual situação dos equipamentos e seus usos. Procurou-se ao máximo zonear as áreas destinadas a estes recintos de forma a agrupar segundo a espécie zoológica.
Os equipamentos administrativos e de serviços foram também agrupados possibilitando com isso facilidade de deslocamentos e maior controle administrativo.
A área destinada ao ensino/pesquisa utiliza os espaços físicos existentes e a área que contém o lago das cinco fontes foi definida como área de contemplação e lazer em função do seu grande valor paisagístico e distanciamento dos recintos dos animais.
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FLUXOS
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No interior do Parque, os fluxos de veículos e pedestres serão separados e possuirão diferentes colorações de piso, com a finalidade de facilitar o deslocamento dos usuários e veículos, evitando assim o risco de acidentes.
Os estacionamentos foram pré-dimensionados e distribuídos ao longo da área ocupada pelo Parque de acordo com a setorização do mesmo, visando o maior conforto e melhor acesso às principais zonas do referido parque.
O fluxo de pedestres foi tomado como importante partido na realização do projeto, com o objetivo de colocar o visitante em contato mais direto com a natureza, além de atentar os mesmos para os variados recursos que o Parque oferece.
Além disso, vale ressaltar a importância dada às vias de circulação, tanto de pedestres como de veículos, pois elas são tidas como relevantes instrumentos de integração do espaço, unindo diferentes setores e tornando possível o acesso de todos os usuários aos diversos ambientes inseridos no interior do Parque.
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INTEGRAÇÃO
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A integração dos diferentes setores presentes no Parque da Bica, como já foi citada, é uma das principais diretrizes do plano, dada a sua extensão e diversidade ambiental e cultural.
A partir da análise das características da área, pode-se realizar sua setorização e, conseqüentemente, sua respectiva ligação, de modo que os diversos setores não se dispusessem em locais isolados ou inacessíveis.
Com isso, foram criadas vias de circulação, de pedestres e veículos e orientação dos fluxos, além de pontes, passarelas e escadarias, que, por vezes, entram nos bosques e na mata e unem espaços separados por "lagos" ou por diferentes níveis, por exemplo. A integração, no presente projeto, não se trata apenas da relação de um elemento com outro, mas de um elemento com o Parque, como uma unidade.
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MEMORIAL JUSTIFICATIVO DA PROPOSTA
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Atualmente, o Parque Botânico Zôo Arruda Câmara conta com uma estrutura caracterizada pela falta de continuidade e integração devido ao fato dela ter se desenvolvido sem um planejamento prévio.
Com isso, a atual distribuição dos recursos do referido parque desvaloriza o mesmo, visto que a falta de uma unidade na sua organização e de um planejamento que valorize seus bens naturais e serviços fazem com que o usufruto da área pela população não seja satisfatório.
O princípio direcionador da presente proposta, está baseado na conservação do conjunto paisagístico natural e na unidade formal de todos os elementos edificados. Conforme citado anteriormente, os diversos equipamentos que compõem o parque foram sendo desenvolvidos em função de uma demanda crescente por espaços específicos para o uso humano, espécies zoológicas e botânicas.
Após visita e análise “in loco” dos principais equipamentos, sistemas de circulação, fluxos, paisagismo, foram desenvolvidos diversos estudos para reordenamento das funções e fluxos do parque levando-se em consideração o agrupamento das espécies animais na medida do possível, formando blocos de recintos de mesma espécie.
A síntese destes estudos se encontra representada graficamente na implantação geral constante no material gráfico em anexo. Como forma de facilitar a compreensão das alternativas adotadas descrevemos, então, através de tópicos os itens que foram devidamente explorados nesta proposta:
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· ESTACIONAMENTOS:
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Os conjuntos de estacionamentos propostos para o Parque Zoo-Botânico Arruda Câmara tem como principal objetivo dispor aos seus usuários um acesso fácil e seguro, através do planejamento baseado no estudo dos fluxos e usos realizados na área.
O acesso principal ao Parque se faz pela Avenida Gouveia da Nóbrega, mantendo o mesmo ponto de acesso pelo qual este se dava anteriormente.
O pórtico, onde funcionava a bilheteria e o controle de acesso, foi reformulado tanto formalmente como conceitualmente possuindo, agora, a função de delimitar e identificar visualmente o acesso, pois nele encontra-se a logomarca do Parque.
Devido à sua conformação topográfica apresentar variações significativas, optou-se pela criação de um conjunto de estacionamentos em linha na margem direita da via principal de acesso. Próximo ao equipamento destinado à bilheteria e acesso às ruas, foram dimensionadas vagas para pessoas com dificuldade de locomoção.
Na área delimitada como pertencente ao Parque chegou-se ao número de 41 vagas e, por meio da integração de uma via comunicando-se diretamente com a área cedida à Escola Piolim, foi definida uma proposta de estacionamento para uso comum, tanto do Parque quanto das atividades desenvolvidas pela Escola Piolim, neste segundo espaço foram projetadas 145 vagas de estacionamento.
É válido observar que o portão de acesso para o Piolim permanece independente ao Parque permitindo, com isso, o desenvolver de suas atividades sem causar interferências mútuas.
Após o estacionamento, o visitante chega ao equipamento de acesso (bilheteria e controle) e, próximo a este, se encontra uma edificação que comporta três boxes para pequenos comércios.
Esta edificação encontra-se nos limites externos do Parque e destina-se à alimentação minimizando, assim, a possível tentativa indevida de alimentação das espécies por meio dos visitantes.
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· CIRCULAÇÃO INTERNA:
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A circulação interna é um ponto de grande relevância no desenvolvimento da atual proposta, pois ela traz consigo os principais conceitos que serviram de base para o seu desenvolvimento: a integração das áreas do Parque e a valorização da diversidade de elementos naturais que ele dispõe.
A edificação que comporta a bilheteria e o controle de acesso ao parque se constitui no elemento limite entre o espaço de circulação de carros e pedestres.
Após o acesso ao Parque, o visitante tem a garantia de segurança quanto ao seu passeio, pois os únicos veículos com permissão para circular internamente são os de controle de segurança, transporte de equipamentos, abastecimento e possíveis transportes de espécies intra-parque.
A proposta sugere a troca do atual veículo de movimentação interna (trenzinho ecológico) por um meio de transporte que utilize outra fonte de energia, reduzindo assim a poluição do ar e ressaltando a idéia de preservação do meio ambiente.
Para os passeios, foi especificado o uso do bloco de concreto intertravado, visto que estes apresentam uma boa adaptação às variações do relevo, além de boa resistência e conforto aos usuários.
Algumas trilhas definidas na proposta foram especificadas como trilhas naturais e, para tanto, optou-se pelo tratamento do solo a fim de permitir seu bom uso como, também, a delimitação das trilhas por meio físico de guias feitas com bambu resultantes dos tratamentos propostos para os bambuzais existentes no Parque (ver proposta para o Plano de Manejo).
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· EQUIPAMENTOS PARA USO HUMANO:
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Todos os espaços para uso humano que constam no edital fornecido foram devidamente trabalhados e redefinidos - alguns sofreram modificações quanto ao seu uso (funções internas), outros foram projetados por não existir espaços físicos para seus usos - sendo que em todos prevalece o conceito de unidade formal.
Alguns elementos que são constantemente utilizados na proposta - a telha cerâmica tipo canal, estruturas de coberta em madeira, mão francesa - garantem a adequação das edificações ao nosso clima, ou seja, uma arquitetura para os trópicos, com grandes beirais que protegem as fachadas do sol e da chuva.
Além disso, vale ressaltar o uso da cor (revestimentos) de todos os blocos que, juntamente com os elementos de coberta, completam a leitura tipológica do conjunto.
Em quase todos os projetos dos equipamentos estão presentes ainda alguns elementos ou volumes com cobertura em laje plana, conferindo o contraponto da arquitetura dos beirais com a modernidade das caixas puras, não representando grandes áreas de coberturas, e sim elementos na composição volumétrica.
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· OS RECINTOS DOS ANIMAIS:
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O lançamento e disposição dos recintos dos animais para as diversas espécies seguem uma lógica na sua acomodação. O agrupamento das espécies torna a visitação mais clara, estabelecendo possíveis roteiros no parque.
Para as aves, optou-se por projetar várias tipologias que, pelas suas características dimensionais - área da base e altura dos recintos -, poderá acomodar diferentes agrupamentos de espécies.
A implantação mostra um número superior de recintos relativo aos existentes atualmente. Isto se deve ao fato de que a proposta já deixa definidos os espaços destinados a possíveis aquisições de novos animais pelo Parque.
Uma das tipologias (a maior em área e altura) propõe a visitação e contato dos visitantes no interior do recinto, seguindo um caminho predeterminado segundo um fluxo de visitação. Neste recinto poderão ser implantadas árvores que possam se adequar às características das espécies acomodadas e às dimensões do recinto.
Para os mamíferos procurou-se seguir os mesmos princípios estabelecidos para os recintos das aves, além de contemplar o que fora solicitado no edital e no termo de referência base do concurso.
Alguns recintos sofreram reforma quanto à adequação tipológica. Para outros são propostas novas edificações sempre utilizando os elementos de composição volumétrica comuns.
O recinto destinado ao Urso de Óculos (Tremarctos ornatus) foi projetado e implantado à margem da via de circulação interna de autos que leva ao lago das cinco fontes. A solução adotada está fundamentada na análise da adequação das características do recinto à topografia da área escolhida.
Como foi imaginado, o local de exposição do animal encontra-se em uma cota muito próxima da linha de visão do público, liberando a apreciação do animal e seu habitat sem necessariamente isolá-lo com telas metálicas de segurança.
A mesma solução foi adotada para os grandes felinos, locados próximo ao recinto do urso, mantendo certa distância. Mesmo estando ciente de que, recentemente, os recintos dos felinos foram objetos de reformas, optou-se por criar novos recintos para tais animais por entendemos que mamíferos de tal porte necessitam de uma área maior para garantia de uma melhor qualidade vida.
Os recintos para mamíferos tais como para as aves, foram projetados imaginando-se uma demanda futura, desta forma garante-se o crescimento do parque de maneira ordenada e organizada.
Para os répteis, foram desenvolvidas soluções pontuais bastante simples para os recintos destinados ao Jacaré de Papo Amarelo (Caiman latirostris) e ao Jacaré-coroa (Paleosuchus palpebrosus).
Com a criação de uma barreira de proteção ao público, sua relocação foi descartada por entendermos que o espaço existente, se devidamente tratado, poderá abrigá-los com conforto e segurança.
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· VALORIZAÇÃO DA FONTE TAMBIÁ:
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A Fonte da Bica de Tambiá, monumento tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, possui grande valor histórico no contexto do Parque e sua relação com a cidade.
Esta fonte forneceu água potável à população de João Pessoa e constituía um importante equipamento urbano, no entanto a sua conformação espacial no conjunto do Parque não permite sua valorização e visualização, nesse sentido, foi proposta uma modificação no seu entorno imediato, corrigindo esta situação.
A abertura do campo visual na elevação frontal e a possibilidade de apreciação do monumento a uma certa distância permitirá uma melhor observação e valorização do conjunto.
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· COMUNICAÇÃO VISUAL:
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Todas as placas destinadas à sinalização, comunicação visual, orientações técnicas sobre as espécies zoo-botânicas serão específicas, mantendo uma linguagem clara e objetiva.
Da mesma forma, vale ressaltar, os equipamentos destinados ao mobiliário urbano mantêm uma ligação formal direta com os demais equipamentos propostos.
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· ACESSIBILIDADE:
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Quando do desenvolvimento da proposta, procurou-se observar em todos os momentos das tomadas de decisão das soluções encontradas, as que melhor respondiam os critérios de adequação ergonômica e de acessibilidade universal.
Alguns trajetos que, por considerados impróprios devido à dificuldade de locomoção em virtude de sua topografia , foram eliminados, bem como outros foram criados objetivando uma circulação mais confortável.
Os sistemas de transição entre diferentes cotas de nível serão tratados por meio de escadas e rampas com inclinações que respeitem as normas da NBR 9050.
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· ÁREA DE CONTEMPLAÇÃO E LAZER:
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Na porção norte do parque está localizado o espelho d'água, denominado Lago das Cinco Fontes, resultado da contribuição de várias nascentes. Este espaço, de grande beleza paisagística, foi tratado de forma que seja utilizado como espaço para o lazer e contemplação da natureza.
O passeio de pedalinho, que já se faz atualmente, recebeu uma melhor infra-estrutura com a proposta de implantação de um píer avançando no lago melhorando, assim, o seu acesso.
Foi proposto, ainda, o resgate de uma antiga ponte que dava acesso a uma imagem de São Francisco de Assis, permitindo aos visitantes o passeio sobre as águas e espaço para contemplação e oração.
Outro mirante de formato triangular, no sentido diametralmente oposto ao píer, foi projetado com o objetivo principal de criar um fluxo de visitação para um dos pontos focais mais bonitos do Parque: a vista do Lago e todo o seu potencial paisagístico no sentido norte para o sul.
A localização da Praça de Alimentação com o conjunto de quiosques tem o objetivo de minimizar, como nos boxes próximos ao acesso principal, a possibilidade da circulação de visitantes com alimentos impróprios para os animais. O conjunto de quiosques tem ainda como estrutura de suporte um conjunto de banheiros e um área destinada a pequenos eventos com vista direta para o lago.
A praça principal que garante a transição terra/lago é também um espaço de encontro e de manifestações culturais, em uma parte de seu perímetro foram projetados bancos de concreto para contemplação da paisagem.
Um playground complementa ainda o conjunto destinado ao lazer e contemplação, oferecendo aos visitantes condições de permanência no espaço de pessoa de várias faixas de idade.
O objetivo da locação deste conjunto de equipamentos foi oferecer um espaço para toda a família, onde diferentes atividades possam acontecer independentemente, tornando sua visita um momento de diversão e descanso.
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· EQUIPAMENTOS COMPLEMENTARES:
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No período do desenvolvimento da proposta, surgiram idéias quanto à inserção de outros equipamentos que não estavam presentes no termo de referência do concurso.
Espaços como a Capela Ecumênica, trilha de arborismo, casa dos répteis (aproveitamento do atual recinto do Urso de Óculos) e mirantes em alguns pontos do Parque estão fundamentados na idéia de garantir a utilização do Parque para todos os gostos e idades.
A família que utilizará o Parque terá a certeza de que, além do principal objetivo que é o conhecimento das espécies zoo-botânicas, aquele ambiente será um espaço para o lazer, contemplação, aventura e oração.
O único destes equipamentos que foi desenvolvido como estudo preliminar foi a Capela Ecumênica, as demais estão representadas na implantação geral apenas como proposta de locação e estudo, devido a quantidade limitada de pranchas para apresentação da proposta .






FIcha técnica
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Arquitetura: Marcos Santana
Paisagismo: Sonia Matos
Local: Parque Arruda Câmara, João Pessoa/PB
Projeto: Em desenvolvimento
Imagens: www.panoramio.com
Imagens em Sketchup: Marcos Santana

4 comentários:

  1. Fico feliz em ver este importantíssimo espaço público da cidade sendo requalificado, ou melhor em vias de requalificação. O projeto me parece excelente, apenas senti falta de uma integração com a comunidade dos bairros vizinhos através de possíveis praças que poderiam ter sido reformadas como a da entrada principal do parque, sendo um elo de ligaçãoentre o limite interno e externo do mesmo. Sou estudante do mestrado em Sociologia da UFPB, e o meu lócus de pesquisa é a Bica, através da tematica da socibilidade no urbano contemporâneo.Gostaria de obter intercambio de informações, materiais e contatos a respeito do parque. Parabéns pelo belíssimo projeto. rycaardo@hotmail.com

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  2. Olá, Meu nome é Elana Batista e estou fazendo minha monografia para o curso de Design de Interiores também sobre o Parque, achei muito interessante o projeto e está me ajudando bastante, mas gostaria de saber onde posso encontrar a proposta para o Plano de Manejo Ambiental do arquiteto Marcos Santana pois meu trabalho é sobre sustentabilidade, então gostaria de poder ter acesso a este conteúdo. Obrigada.

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  3. Muito bom o projeto e espero que TODOS os equipamentos da Bica sejam readequados seguindo a mesma qualidade dos aqui mostrados. Tenho particular interesse nas propostas para arborismo, recinto dos animais, passeios à pé e integração das espécies vegetais da área onde ocorre maior interação urbana.

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  4. Olá,
    estive na Bica no segundo semestre de 2010 e vi parte do projeto implantado, mas comparando-se com as imagens que estão disponíveis aqui, vi por exemplo, que o viveiro das aves foi totalmente modificado. Cortaram as "asas" (curvas) do viveiro. De qualquer forma, os novos equipamentos deram uma boa valorizada no lugar. Inclusive também escrevi um post sobre minha visita: http://euvou.blog.com/2011/02/agua-de-beber-no-zoo/

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