domingo, 28 de fevereiro de 2010

Aravena se esforça pra chegar em Santiago


O arquiteto Alejandro Aravena só ficou sabendo sobre o poderoso terremoto que atingiu o Chile enquanto saía do avião no Brasil, na volta de uma viagem à África do Sul. Devido a interdição temporária do areoporto de Santiago, Aravena pretende chegar à sua cidade através da Argentina, de onde espera cruzar os Andes de carro, ônibus ou de qualquer outra forma.
Relatando a situação caótica em que se encontra alguma scidades do seu país, Aravena lembrou que o terremoto de 8.8 na escala richter foi o segundo maior da história. Os telefones de Santiago não estão funcionando bem, porém sua família se encontra em segurança.

Fabiano Melo e Marcus Vinicius

Conjunto de Casas Itararé






















Plantas






Corte longitudinal






Detalhe escada






Detalhe escada


Fachada Norte






Fachada leste


Fachada oeste




Memorial


Estilo reto, estilo caixa, estilo americano, estilo moderno ou, o mais usual, estilo com o telhado escondido. Todas essas adjetivações não anunciam nenhuma arquitetura de vanguarda, nem tampouco alguma novidade em âmbito local. Apenas rotulam uma arquitetura de exceção em meio a um mar de chalés suíços. O olhar de estranhamento das pessoas, de rejeição em um primeiro momento, fez-nos sentir como um daqueles arquitetos modernizantes das primeiras décadas do século XX, quando as mais recentes técnicas construtivas, as novas formas de organização espacial e suas repercussões estéticas muitas vezes eram associadas a elementos de maior assimilação pelos mais conservadores. Compreendemos, na prática, o porquê das transformações na arquitetura acontecerem de forma tão lenta e gradual. Por maior que seja o apelo comercial da modernização, e o seu papel de símbolo de status, é difícil romper com hábitos de morar, e com idealização acerca desse espaço, tão arraigados. Afinal de contas, nem todos estão preparados, ou querem, morar numa casa de poucas paredes, com ambientes integrados, sem ornamentos e com o telhado escondido.

Propor uma arquitetura que tentasse alargar o diálogo com os condicionantes locais não foi tarefa das mais fáceis em uma cidade cujo mercado imobiliário não se cansa de promover e celebrar o castelinho (ou o chalé) como o modelo de residência ideal. Aqui e acolá, chaminés pululam na paisagem urbana campinense. Casas modernistas, signos de prosperidade em épocas passadas, não raro ganham incoerentes telhados inclinados. Em bairros periféricos, habitações modestas se esforçam para sustentar suas esperanças de neve. A tarefa se torna ainda mais difícil quando os arquitetos são os próprios construtores, e isso nos obriga a pensar em resultados comerciais. Como não abriríamos mão de algumas congruências arquitetônicas, decidimos apostar nas suas características de “exceção” até como uma saída de mercado. Em um cenário uniforme, seus elementos destoantes poderiam abrir caminho para uma demanda estética e espacial pouco explorada.

O programa consistia em projetar quatro residências duplex (casas geminadas com térreo e primeiro pavimento, também conhecidas como sobrados em outros lugares) em um terreno de 22m de frente por 30m de fundos, com testada para poente. Esse tipo de habitação tem boa aceitação em Campina Grande, que só há pouco tempo experimenta maior incremento na construção e venda de apartamentos. A não ser nos condomínios horizontais fechados, os recentes altos preços dos lotes têm desestimulado a edificação de residências isoladas na cidade. Por isso, a execução de sobrados tem sido uma saída para viabilizar economicamente uma opção fora do eixo dos condomínios horizontais e verticais, já que seu arranjo gregário permite que mais unidades sejam construídas por testada, diminuindo o custo da operação.

Aproveitar o terreno da melhor forma possível, tirar proveito dos condicionantes naturais do sítio (iluminação, ventilação, visuais), respeitar a contraditória legislação municipal, trabalhar com um orçamento dentro dos índices de mercado e lidar com os componentes construtivos da região e com uma mão-de-obra artesanal limitada determinaram muitos dos contornos do nosso partido projetual. Juntam-se a isso as nossas experiências teóricas e práticas e um repertório recém formado nos bancos da faculdade e nos anos de trabalho nos escritórios de arquitetura de João Pessoa. Entender arquitetura como construção (materialização), e não apenas como projeto (abstração), tratada do macro ao micro com o mesmo rigor, foi uma lição aprendida nesse período de formação, embora nem sempre possível de ser realizada.

Uma das primeiras diretrizes estabelecidas foi a de dar às unidades o aspecto de conjunto, de continuidade arquitetônica, em contraposição à fragmentária individualização da maioria dos sobrados do entorno. O intuito era fazer com que o observador tivesse a leitura de um só edifício, só rompida pela divisão dos acessos e das garagens no térreo, tal como fez Vilanova Artigas em seu projeto para o Conjunto de 4 Casas Jaime Porchat Queiroz Mattoso (1944), na cidade de São Paulo. Queríamos que a arquitetura se tornasse lugar comum para os moradores, que se transformasse em instrumento de identificação coletiva, assim como acontece com os edifícios de apartamento. A repetição dos elementos arquitetônicos (varandas, portas, janelas, marquises, pilares, muros, portões) se encarregaria de denunciar a característica multifamiliar da proposta. Nesse mesmo sentido, outra diretriz tomada foi a de não embarcar e alimentar patológicos excessos de privacidade e falsa segurança, com a separação completa das unidades por meio de muros altos, largas empenas laterais e portões opacos. Desejávamos conferir permeabilidade visual entre as casas, estimulando o contato entre vizinhos e com a via pública.

A predominância de ventilação sudeste e a orientação oeste-leste (frente-fundo) do lote determinaram o arranjo espacial. A localização frontal do abrigo para automóveis, além da óbvia ligação com a rua, difícil de ser diferente nesse tipo de organização gregária, também teve como objetivo criar uma área de transição térmica entre exterior e interior no período da tarde, protegendo as alas sociais da incidência solar direta. Já o pavimento superior exigiu solução diferente. Como as possibilidades de abertura para o exterior geralmente são limitadas em habitações geminadas, a face oeste não poderia ser desprezada na sua estrutura organizacional. Marquises de concreto aparente, brises de madeira e árvores na calçada foram alguns dos recursos utilizados para minimizar os efeitos do sol nos ambientes para a poente. Outro caminho foi proporcionar ventilação cruzada permanente por toda casa. O uso de pé-direito duplo nas zonas sociais, diferenças de nível entre lajes para viabilizar aberturas zenitais e o desenho flexível das esquadrias agiram nesse sentido. Tais recursos também permitiram a exploração da iluminação natural em todos os compartimentos. A necessidade de luz artificial só se faz sentir ao final do dia.

A decisão por um sistema estrutural independente das alvenarias de vedação (vigas e pilares de concreto armado) almejava maior flexibilidade dos espaços, não forçando a comum subordinação entre as plantas do térreo e do primeiro pavimento, como é normal acontecer nesse tipo de construção. A estratégia permitiu que os ambientes sociais formassem um continuum espacial, em contato direto com as circulações do andar superior e com o quintal. As transições são sentidas pelas mudanças de luz, níveis, pé-direito e texturas dos acabamentos. O sol da tarde na parte frontal e a inospitalidade da rua nos levou a valorizar as paisagens artificiais a serem criadas pelos moradores no fundo do lote. O arranjo compacto do edifício produziu uma taxa de ocupação de 48%, liberando considerável porção do terreno para esse fim. A opção dos compradores por jardins, em substituição à piscina prevista no projeto, potencializou as áreas permeáveis.

As decisões de como deveriam ser os cortes das pedras, o assentamento dos revestimentos, as angulações dos peitoris, o local exato da fixação e dos parafusos da escada foram imprescindíveis para a definição técnica do objeto arquitetônico, e para a sua percepção também. Porém, o confronto com um processo produtivo artesanal, e limitado, típico de um país que usa a construção civil como válvula de escape para uma legião de pessoas com poucas oportunidades de qualificação profissional, fez do projeto um conjunto de idéias em constante metamorfose, sempre disponível a negociar com um saber fazer de práticas viciadas. As concessões foram na medida do possível.










FICHA TÉCNICA:


Projeto arquitetônico: Vilanova Arquitetura – Fabiano Melo / Marcus Vinicius
Área do terreno: 660m² / Área construída: 550m² / Taxa de ocupação: 48%
Projeto estrutural: Eng. Rômulo Polari Filho
Execução: Vilanova Arquitetura
Maquete eletrônica: Cubo 3 Design
Colaboradores: Emanuel Sávio, Domício
Esquadrias de madeira: Suelle Móveis
Serralharia: ALMEC
Fotografias: Adriano Franco
Endereço: Rua Severino Fernandes de Oliveira, Nos. 391 e 397, Itararé, Campina Grande-PB

Destruição no Chile

Onda de terremotos continua assustando o mundo
Oliveira Júnior¹


Com um número de vítimas fatais infinitamente inferior, o terremoto que assolou o Chile na madruga de sábado foi 900 vezes mais forte que o tremor que destruiu o Thaiti.  No Thaiti o epicentro do terremoto foi muito próximo a capital do país, Porto Príncipe com 3 milhões de habitantes, no Chile o epicentro se deu numa região pouco populosa.
Segundo a mídia os chilenos já estão mais habituados com os terremotos enquanto que a população do Haiti nunca havia enfrentado uma situação semelhante. a que ocorreu  em janeiro passado. Como resultado de experiências anteriores e em virtude de uma situação econômica mais favorável a engenharia e a arquitetura chilenas já vinham incorporando critérios de segurança às suas edificações. Mesmo assim pode-se observar, através das imagens abaixo, o rastro de destruição do terremoto que impactou profundamente a cena urbana das cidades chilenas.




   
Viaduto em Santiago (REUTERS/Marco Fredes)
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habitante de Talca percorrendo destroços (AP Photo/Roberto Candia)



Farmácia em Viña Del Mar (MARTIN BERNETTI/AFP/Getty Images)



Santiago - Rodovia atingida (MARTIN BERNETTI/AFP/Getty Images)



Santiago - rodovia elevada (AP Photo/David Lillo)



Residente fotografa prédio destruído em talca (AP Photo/Sebastian Martinez)



Alertas de Tsunamis no pacífico (AP Photo/Marco Garcia)



Hotel destruído em Viña Del Mar (MARTIN BERNETTI/AFP/Getty Images)



Residência destruída emTalca (AP Photo/Sebastian Martinez)



Trabalhos de resgate em Concepcion (REUTERS/Jose Luis Saavedra)



Trabalhos de resgate em Concepcion (REUTERS/Jose Luis Saavedra)



Concepcion - Homem cuida de criança após desastre (AP Photo)



Talca - cenas da destruição (AP Photo/Roberto Candia)



Edifício destruído em Santiago


Ponte destruída próximo a Talca - 300km ao sul de Santiago


Se você possui amigos ou parentes no Chile e deseja saber notícias deles, o Google criou uma ferramenta especial para buscar informações sobre pessoas envolvidas com o terremoto ocorrido no Chile. O endereço é http://chilepersonfinder.appspot.com/?lang=es
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Nota
1. Oliveira Júnior é arquiteto e professor de arquitetura do Centro Universitário de João Pessoa - Unipê.
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Fontes:
http://www.boston.com
http://noticias.bol.uol.com.br

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Urban Recycle Architecture Studio

Casa UR.X.06




Para desenhar a casa UR.X.06, Urban Recycle Architecture Studio baseou-se na interpretação do lugar sem identidade. A casa tem como objetivo ser projetada para um bairro novo na cidade do Salvador - BA, sem vizinhança e pontos de identificação existentes. O local totalmente desmatado teve como ideal o bairro tranquilo ( suburbio) longe do centro da cidade, um conceito ultrapassado muito comum nos EUA decadas de 60-70.

Projetado para atender as necessidade de um casal sem filhos que adoram filmes americanos em especial preto e branco, conta com apenas com 1 sanitário, 1 quarto e grande sala com um projetor com integração a uma pequena cozinha. O poster de Woody Allen será um presente da Urban Recycle ao casal que adora seus filmes em especial “Manhattan”. O processo pode ser explicado pelos diagramas abaixo:
 
 


Pavimento térreo

Pavimento superior

Corte transversal

Corte longitudinal

Fachada
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Arquitetos : Urban Recycle Architecture.Studio

Local: Salvador / Brazil
Equipe de Projecto : Diego Viana Gomes, Juliana Meira , Saul Bernfeld
Estagiária: Dandara Sant`anna
Contratante: Privado
Área do terreno: 1.000,00 m²
Area construida: 60,00 m²
Ano do Projeto: 2010-2011
Site: www.urbanrecycle.com.br

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Antonio Cládio X. Massa e Kleimer Martins

CENTRO DE RECUPERAÇÃO PARA DEPENDENTES QUÍMICOS CIDADE VIVA

 


LEGENDA | LEGEND
01 – ACESSO PRINCIPAL | MAIN ACCESS
02 – ACESSO AUDITÓRIO | ACCESS AUDITORIUM
03 – HALL DE ENTRADA | FOYER
04 – SALA DE ESPERA | WAITING ROOM
05 – ARQUIVO | ARCHIVE
06 – RECEPÇÃO | RECEPTION ROOM
07 – CONSULTÓRIO | DOCTOR'S OFFICE
08 – BANHEIRO | BATHROOM
09 – TESOURARIA | MANAGEMENT
10 – SECRETARIA | SECRETARIAT
11 – CIRCULAÇÃO | MOVEMENT AREA
12 – SALA DE MONITORES | HALL MONITORS
13 – DIRETORIA | DIRECTORS
14 – SALA DE REUNIÕES | BOARDROOM
15 – COORDENAÇÃO | COORDINATION
16 – HALL | HALL
17 – AUDITÓRIO (100 PESSOAS) | AUDITORIUM (100 PEOPLE)
18 – JARDIM | GARDEN
19 – CAIXA D'ÁGUA | WATER BOX
20 – JOGOS & VIVÊNCIA | GAME & AREA OF EXPERIENCE
21 – SUÍTE | SUITE
22 – SALA DE ESTAR | LIVINGROOM
23 – DORMITÓRIO | BEDROOM
24 – ENFERMARIA | INFIRMARY
25 – PRAÇA | SQUARE
26 – REFEITÓRIO | CAFETERIA
27 – COZINHA | KITCHEN
28 – LAVAGEM | WASHING
29 – PANIFICAÇÃO | BAKERY
30 – RECEPÇÃO | RECEIPT
31 – CÂMARA FRIGORÍFICA | COLD CHAMBER
32 – DESPENSA | STOREROOM
33 – LAVANDERIA | LAUNDRY
34 – DORMITÓRIO FUNCIONÁRIOS | BEDROOM STAFF
35 – DEPÓSITO | DEPOSIT
36 – SALA DE AULA | CLASSROOM
37 – SALA DE MÚSICA | MUSIC ROOM
38 – SALA DE SOM | ROOM SOUND
39 – ANTE CÂMARA | ANTE CHAMBER
40 OFICINA DE ARTES | STUDIO ARTS
41 – OFICINA DE MARCENARIA | CARPENTRY WORKSHOP






MEMORIAL
O projeto, implantado em uma área agrícola, contempla os princípios de uma missão evangélica que atua na recuperação de dependentes químicos, cujo tema é "Liberdade com Responsabilidade".

O partido objetivou o caráter da missão, em uma edificação ampliável, aberta em três níveis conectados por passarelas rampas, utilizando tecnologias locais sustentáveis, criando generosas áreas sombreadas sobre o eixo norte sul, dispostas a partir de vãos centrais abertos, gerando espaços favorecidos pela ventilação. Os desníveis do terreno foram absorvidos por uma implantação escalonada, proporcionando liberdade de ampliação. A adoção de elementos e materiais da arquitetura nordestina confere identidade arquitetural ao conjunto..
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FICHA TÉCNICA
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PROJETO: CENTRO DE RECUPERAÇÃO PARA DEPENDENTES QUÍMICOS
ARQUITETURA: ANTÔNIO CLÁUDIO MASSA E KLEIMER MARTINS
CLIENTE: FUNDAÇÃO CIDADE VIVA
LOCAL: BR 101 - KM 07 . CONDE PBANO PROJETO: 2006
ANO OBRA: EM CONSTRUÇÃO
ÁREA DE CONSTRUÇÃO: 1.465m²
DESENHO A MÃO: ANTÔNIO CLÁUDIO MASSA

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Um toque de arte no tapume do IAB

Escoramento da marquise do IAB/SP
Rafael Schimidt¹ , São Paulo 02 / 02 /10
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O projeto de restauro do Edifício Sede do Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento São Paulo encontra-se agora num estagio avançado no processo de aprovação pelos órgãos de defesa do patrimônio histórico (protocolo 2009 - 0287496 - 5). Esse trabalho foi retomado na gestão do arquiteto Joaquim Guedes quando foi criado um grupo gestor para desenvolvimento de todo o processo, sob a responsabilidade da atual presidente Rosana Ferrari.
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Desde a construção (entre 1949 e 51) vários espaços do edifício passaram por alterações de uso, reformas e recentemente, duas ações de caráter emergencial: em 2008, quando foi realizada a impermeabilização de toda a laje da cobertura, e no momento atual, com o escoramento da marquise para uma investigação estrutural.
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A marquise em balanço sobre o térreo do edifício (localizado na esquina das ruas Bento Freitas e General Jardim) há tempos preocupa os arquitetos que frequentam o local. Essa preocupação é decorrente de algumas patologias da construção geradas pelo passar do tempo, como por exemplo, as situações que levaram à retirada das pastilhas amarelas de vidrotil da fachada.
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Similar é o caso da instalação (de caráter emergencial) das escoras sob a marquise, devido a uma suspeita de enfraquecimento na sua integridade estrutural. Ela vem demonstrando um processo de degradação gerado por infiltrações d’água na superfície superior, decorrentes da situação do sistema de impermeabilização.
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Considerando-se o caráter evolutivo desse quadro patológico, será realizada uma inspeção criteriosa na marquise, mediante aberturas de prospecção no piso e forro, para investigação das peças estruturais, visando uma avaliação das suas condições reais.
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A instalação das escoras e tapume foi feita pela construtora Pires & Giovanetti, com o projeto de montagem das escoras elaborado pela empresa Metax. O projeto do tapume ficou a cargo do IAB/SP, que convidou a designer Nadezhda Rocha e as arquitetas Julia Masagão e Isabel Abascal para desenvolverem uma proposta gráfica para a pintura do lado externo.
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A intervenção no tapume foi realizada durante o ultimo final de semana com a colaboração de vários voluntários arquitetos, estudantes e amigos (obrigado a todos). Além do apoio moral de alguns frequentadores e moradores da Vila Buarque, como o depoimento manuscrito de Antonio D. S. entregue ao Coletivo Mirabolante: “(...) Embora não conheça vocês, ao vê-los de minha janela hoje à tarde, não pude conter meu sorriso de satisfação. (...) Ver vocês tão jovens, numa tarde de sábado, fazendo eu não sei o que, mas criando algo, dando visibilidade social ao nos convidarmos a observar vocês e a obra construída. (...) sou educador e acredito numa educação de qualidade (para todos) como essa que vocês estão demonstrando.”
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1. Rafael Schimidt é Arquiteto Coordenador do Projeto de Restauro, Conselheiro Fiscal da Diretoria do IAB/SP e Mestre em Projeto de Arquitetura pela FAU/USP.