sábado, 30 de agosto de 2008

Roberto Moita

Residência de lazer do arquiteto - Manaus/AM





Roberto Moita iniciou seus estudos em arquitetura e urbanismo na Universidade Federal da Paraíba e concluiu sua formação acadêmica em Fortaleza-CE. No início da carreira migrou para Manaus-AM onde aprimorou suas habilidades técnicas no detalhamento e aplicação da madeira e do aço  na arquitetura.
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Pavimento superior.
Pavimento térreo
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Selva e metrópole
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Natureza e arquitetura se abraçam no sítio Passarim. Mais precisamente na casa projetada pelo arquiteto Roberto Moita, para o lazer com a família e os amigos, nos arredores de Manaus. Brincalhão, ele apelidou seu estilo de caboclo high tech.
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Um barco a motor ronca nas águas pretas do igarapé que banha o sítio Passarim. Em plena cheia de 2002, vem com alguns exemplares de bacuri, árvore frutífera pouco usada comercialmente. Destino da carga: virar tábuas para o piso da casa de fim de semana de Roberto Moita (foto). "Depois do desembarque, os troncos subiram pro canteiro de obras no lombo", conta o arquiteto, que acompanhou o transporte e evitou qualquer desperdício. A tora é cortada para formar ângulos retos e, portanto, deixa de fora as costaneiras, abas exteriores do tronco cilíndrico. Pois elas viraram bancos para a área da piscina.
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À primeira vista, a mescla de materiais pode causar estranhamento. Mas cada escolha está fundamentada: o telhado de alumínio, a estrutura metálica e as divisórias de gesso acartonado (no piso superior) garantiram uma leveza que possibilitou fincar sapatas a 1,80 m de profundidade. Fosse uma estrutura de concreto com alvenaria, as fundações precisariam ir mais fundo. Mesmo os materiais industrializados foram comprados no local, o que evitou despesas com frete. "As pessoas pensam que na Amazônia tudo vem de fora, mas há fartura de fornecedores." Surpreendente exceção foi a tela mosquiteira, adquirida em São Paulo. Como se vê, a receita de Roberto Moita mistura ingredientes industriais e globalizados ao tempero local. O grande alpendre, integrado à piscina em forma de igarapé e à cozinha, reproduz a vivenda do ribeirinho. Eis o jeito "caboclo high tech" de construir, unindo a exuberância da selva ao conforto da metrópole. Numa brincadeira que sintetiza esse casamento, Moita fez um painel que reescreve o ditado inglês à moda local e diverte os convidados: "Duas tucumãs por dia deixam longe o doutor".
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Ficha técnica
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Arquitetura: Roberto Moita
Fotos: Marcos Lima
Ilustração: Alice Campoy
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Reportagem: Patrícia Patrício
Publicada originalmente em Arquitetura & Construção
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terça-feira, 26 de agosto de 2008

Oliveira Júnior

Residência Mário Pereira















Pavimento Térreo
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Pavimento Superior
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Ficha técnica
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Arquitetura: Oliveira Júnior
Estagiários: Ana Luiza Azevedo e Rodrigo Rathge
Imagens: Rodrigo Rathge
Local: Condomínio Bougainville, João Pessoa/PB

sábado, 23 de agosto de 2008

José Maciel Neto

Parque gráfico Correio da Paraíba, João Pessoa-PB





Memorial
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O edifício do parque gráfico do jornal Correio da Paraíba destaca-se pela interessante resolução plástica da fachada principal. Nesta obra, o arquiteto José Maciel Neto conseguiu conciliar a modular resolução da estrutura e a rígida setorização do programa (produção e administração), com uma rica e harmoniosa variedade de elementos.O edifício é caracterizado pela alternância entre a verticalidade de seus três pavimentos, o desenho em arco da cobertura metálica da área de produção e a horizontalidade da marquise.Na parte externa, destacam-se o uso da cor vermelha nas venezianas do fechamento e portão frontais, além do especial tratamento plástico dado às aberturas. Internamente, o térreo é ocupado pela parte operacional (um grande salão de pé-direito triplo); os três pavimentos superiores conectam-se por meio de uma passarela à sede do jornal.
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Ficha Técnica
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Arquitetura: José Maciel Neto
Local: João Pessoa-PB
Projeto: 2000
Conclusão da obra: 2001
Terreno: 500 m²
Área construída: 865 m²
Estrutura: Hugo Marques
Elétrica e hidráulica: Carlos Pinto
Construção: RGM Construções
Fotos: Valder de Souza
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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Iphan homologa o tombamento do centro histórico de João Pessoa

João Pessoa - Porto do Capim / Varadouro

O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, representando o ministro interino da Cultura, Juca Ferreira, anunciou a homologação do tombamento do centro histórico de João Pessoa (PB), 05 de agosto. Ele também recebeu o título de “Cidadão Pessoense”, aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal da cidade.
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Na ocasião, Luiz Fernando de Almeida visitou a Estação Cabo Branco - um projeto de Oscar Niemeyer inaugurado em julho deste ano-, o centro histórico de João Pessoa, o Conjunto Franciscano, o Convento Santo Antônio e a Festa das Neves.
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O centro histórico de João Pessoa foi inscrito nos seguintes Livros do Tombo: Histórico e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. O tombamento do local foi motivado por seus valores histórico - por ser uma das primeiras cidades fundadas no Brasil, depois de Rio de Janeiro e Salvador; paisagístico - as edificações compõem um cenário que integra a vegetação de mangue ao rio e ao mar - e artístico, por congregar construções de diferentes estilos e épocas.
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A área abrange um sítio de 370 mil m2, compreendendo boa parte dos bairros do Varadouro (Cidade Baixa) e da Cidade Alta. Estima-se que cerca de 700 edificações serão preservadas, em 25 ruas e seis praças, bem como o antigo Porto do Capim, local de fundação da cidade. Na área demarcada, o traçado urbano ainda se mantém original.

.Esses imóveis representam e fazem parte dos 422 anos de história da terceira cidade mais antiga do país, e são prédios representativos dos vários períodos da história de João Pessoa: o barroco da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco; o rococó da Igreja de Nossa Senhora do Carmo; o estilo maneirista da Igreja da Misericórdia; a arquitetura colonial e eclética do casario civil; e o art-nouveau e o art-déco, das décadas de 20 e 30, predominantes na Praça Anthenor Navarro e no Hotel Globo.
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O Iphan vai destinar R$ 450 mil para a primeira fase das obras de “Restauração da Intendência da Antiga Alfândega, localizada no Varadouro. O “Prédio Amarelo”, como é popularmente conhecido, deverá abrigar o Centro de Cultura Popular Porto do Capim após a conclusão dos trabalhos de restauração. A superintendência do instituto na Paraíba já deu início ao processo de licitação pública, cujo edital encontra-se em vias de publicação. A obra de restauração da Intendência integra o Projeto de Revitalização do Porto do Capim.
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Espaço urbano
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Fundada em 5 de agosto de 1585, com a criação do Forte do Varadouro às margens do Rio Sanhauá, João Pessoa se encontra entre os mangues que margeiam este afluente do rio Paraíba e o mar. Seu centro histórico é marcado pela acentuada integração com o meio ambiente, em local de privilegiados atributos naturais: relevo suave, clima tropical e vegetação exuberante – onde se revela a alternância entre manguezais e coqueirais, com florestas de mata atlântica.
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A cidade se desenvolveu a partir de dois núcleos principais: o Varadouro e a Cidade Alta, ligados pela Ladeira de São Francisco. O Porto do Capim foi criado em águas fluviais para escoar a produção local, principalmente o açúcar de exportação. Ao seu redor, estabeleceu-se a importante região comercial do Varadouro, onde foram construídos armazéns e a alfândega.
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A partir de meados do século XIX chegaram as primeiras ferrovias e a antiga Estação Ferroviária foi instalada no local. No início do século XX, a ferrovia se expandiu em sentido norte até o porto da cidade de Cabedelo, desativando assim o Porto do Capim e interferindo na integração entre o rio e a cidade, o que causou o abandono da região.
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A Cidade Alta se formou ao redor da igreja matriz e lá se instalaram as primeiras residências da elite. Nesta área estão situados vários monumentos importantes, como o Museu de Arte Sacra da Paraíba, localizado no Conjunto da Ordem Terceira de São Francisco; o Teatro Santa Roza, o terceiro mais antigo do Brasil, todo revestido internamente de madeira Pinho de Riga; e a Biblioteca Pública Estadual, exemplar do ecletismo do final do século XIX. No século XX, o comércio de padrão médio e alto migrou para a Cidade Alta, causando a valorização dos terrenos.

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Porto do Capim

Um exemplo de ação de preservação na Paraíba é o projeto de revitalização do Porto do Capim, lançado em agosto de 2007. O Iphan, em parceria com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional (AECI), desenvolveu o projeto que prevê toda a adequação do espaço do porto e da região do Varadouro, para que a área seja destinada ao lazer, à cultura e ao turismo. Haverá a restauração de 8 imóveis, a criação de infra-estrutura no parque ecológico da região e a reorganização do comércio de rua, com envolvimento dos agentes e moradores locais.

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carine.almeida@iphan.gov.br

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sábado, 16 de agosto de 2008

Antonio Primo

Residência no Bessa







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Ficha técnica
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Arquitetura: Antonio Primo
Local: Bessa, João Pessoa/PB
Imagens: Antonio Primo

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Residência Mário Pereira

Estudo Preliminar













Pavimento Térreo
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Pavimento Superior
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Ficha técnica
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Arquitetura: Oliveira Júnior
Estagiários: Ana Luiza Azevedo e Rodrigo Rathge
Imagens: Rodrigo Rathge
Local: Condomínio Bougainville, João Pessoa/PB

Residência Mário Pereira

Estudo Preliminar













Pavimento Térreo
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Pavimento Superior
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Ficha técnica
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Arquitetura: Oliveira Júnior
Estagiários: Ana Luiza Azevedo e Rodrigo Rathge
Imagens: Rodrigo Rathge
Local: Condomínio Bougainville, João Pessoa/PB