segunda-feira, 11 de junho de 2007

Kleimer Martins

Espaço Multifuncional - Cidade Viva







Localização da área


Zoneamento


Implantação


Pavimento Térreo

Pavimento Superior


Coberta - Nível 01


Coberta - Nível 02



Foi elaborado previamente na área em estudo um plano urbanístico para implantação de vários equipamentos de assistência social, que foram zoneados e integrados por vias de acesso para veículos e pedestres, seguindo todas as normas de preservação em relação aos resquícios de Mata Atlântica de encostas e matas ciliares nas margens do rio Gramame. Os equipamentos ocuparão áreas específicas destinadas às atividades administrativas, religiosas, assistenciais, educacionais e de lazer. Onde serão implantadas inicialmente as seguintes edificações:

- Templo
- Administração
- Espaço Multifuncional (Escola/Auditório/Ginásio)
- Escola de primeiro grau e profissionalizante
- Centro de apoio ao idoso
- Centro de recuperação para dependentes químicos
- Casa do menor abandonado
- Faculdade (Seminário)
- Cidade da criança
- Centro de treinamento
- Área de Hospedagem/Camping
- Praça da alimentação
- Núcleo de educação ambiental

A área destinada ao Espaço Multifuncional, dentro do plano urbanístico do Projeto Cidade Viva, está localizado na parte sul da propriedade, em cota + 0,65m, apresentando topografia plana. O terreno é servido pela via de principal acesso do Cidade Viva ligada a BR 101.

Após visitas in loco e análise de projetos correlatos, foi estabelecida a estrutura orgânica do edifício através da articulação das seguintes áreas funcionais: Áreas de Apoio, Áreas Comuns e de Convivência, Áreas Úteis e Operacionais, Área de Serviço, Circulações, e Áreas Externas.

Áreas de Apoio - Espaços destinados à recepção, espera e estar. Devendo encaminhar o visitante ou usuário aos demais acessos da edificação.
Áreas Comuns e de Convivência - Ambientes apropriados para o convívio e o desempenho das atividades multifuncionais (culto, prática de esportes, eventos, refeitório / pátio coberto).
Áreas Úteis e Operacionais - Setor administrativo, salas de aula, biblioteca e laboratórios.
Área de ServiçoAgrupa - cantina, cozinha industrial, despensa, depósitos, lavanderia, depósitos de gás e lixo, banheiros, camarins, vestiários, DML, copa / estar funcionários.
Circulação - Agrupa rampas, passarelas, escadas e circulação horizontal interna.
Áreas Externas - Compreende estacionamento, jardins, passeio e caixa d’água.

O pré – dimensionamento dos ambientes foram baseados na análise dos referenciais projetuais, nas normas dos códigos de urbanismo, nas normas da ABNT NBR 90/50, e ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Também foram consideradas previsões estabelecidas no Projeto Cidade Viva.

Com o programa de necessidades e o pré-dimensionamento estabelecido, partiu-se para setorização da edificação no terreno, sendo tomado como base a orientação geográfica e o regime de ventos facilitando o condicionamento natural dos principais ambientes. Como forma de articulação funcional as áreas comuns e de convivência foram centralizadas de modo a receberem os fluxos das áreas úteis e operacionais e o apoio das áreas de serviço e das circulações externas.

Como princípios de projeto foram definidos os seguintes critérios:

- Custo: O emprego de tecnologias e sistemas construtivos incorporados a prática local, bem como o uso de materiais adequados ao uso público e a região.
- Acessibilidade: Adoção de estratégias projetuais que facilitem o livre acesso dos usuários portadores de necessidades especiais.
- Valorização do entorno: Criação e tratamento das áreas externas aproveitando o potencial de vegetação existente integrando a edificação ao entorno.
- Conforto ambiental: Adoção de soluções que proporcionem conforto ambiental, baseado no condicionamento natural da edificação (iluminação e ventilação).
- Organicidade: Promover a integração visual e espacial entre as áreas internas e externas, transmitindo unidade ao conjunto.

Pela necessidade de satisfazer um grande número de pessoas, compartilhando atividades distintas, prevê-se a flexibilidade das construções através de soluções diferenciadas, mas que mantenham uma unidade evidenciada através da composição plástica do conjunto, que une técnicas construtivas e materiais diferenciados em um todo harmônico.

A locação das Áreas Úteis e Operacionais, orbitando em torno das áreas comuns e de convivência, proporciona um generoso espaço de reunião coberto por uma estrutura metálica, que emerge de um sistema modular composto por pilares de concreto, estaiando grandes beirais atirantados, atribuindo leveza e coesão ao conjunto arquitetônico proposto.
A implantação do projeto promove a articulação de várias funções em torno de um espaço multifuncional central articulado por eixos de acessos e circulações que garantem uma fluidez e organicidade espacial.

As áreas externas foram tratadas como praças que abrigam os estacionamentos, contornados por jardins entorno da edificação. O acesso principal foi centralizado nas fachadas sudoeste e nordeste de maneira a reduzir as circulações horizontais, setorizando as áreas úteis e operacionais.

O edifício proposto distribui-se em três pavimentos: o pavimento térreo, que abriga: praças, jardins, passeio, estacionamento, o ginásio/auditório, área de serviço, salas administrativas, vestiários e banheiros; o 1º pavimento, que abriga: arquibancadas, salas de aula, bilbioteca e estúdio de música e bateria de banheiros; o 2º pavimento, que abriga: Laboratórios, salas de aula, e bateria de banheiros.

A circulação vertical é feita através de rampas, locadas na lateral nordeste que se articulam ao bloco de salas de aula através de passarelas. Escadas locadas nas extremidades deste bloco interligam os pavimentos acessando as circulações horizontais entorno de um vazio central iluminado zenitalmente através de um domus translúcido que ilumina naturalmente toda circulação interna.

A estrutura foi concebida de forma modular para reforçar as possibilidades multifuncionais facilitando o remanejamento de áreas e uma melhor adequação entre os sistemas estruturais propostos (concreto armado e metálico).

A solução estrutural adotada foi uma seqüência de pórticos de concreto armado, modulados a cada 6m e dispostos em torno de um área central 42m x 86m, coberta por uma estrutura metálica que projeta-se em balanços atirantados de 6m nas fachadas nordeste e sudeste.

O conforto frente às características locais do clima, de altas temperaturas, intensa luminosidade e ótimo regime de ventos, influenciou diretamente as soluções ambientais da edificação.

As salas de aula por serem ambientes de permanência prolongada foram propositalmente locadas nos pavimentos superiores de maneira a receber a ventilação diretamente.

Os ambientes administrativos e de apoio receberam proteções através de brises soleis e beirais generosos.

O espaço multifuncional foi dotado de iluminações zenitais e aberturas protegidas por brises soleis e grandes beirais que proporcionam ventilação e iluminação natural.

O Projeto Cidade Viva objetiva a reestruturação de famílias através da evangelização, engajada nas suas várias áreas assistenciais. Tendo em vista que o Espaço Multifuncional atende as expectativas deste projeto, abrigando suas atividades básicas, otimiza o processo educacional e evangelístico, de acordo com os princípios da missão integral da Igreja tornando-se parte fundamental deste grande esforço de amor ao próximo.

Ficha técnica

Projeto Final de Graduação
Instituição: UFPB
Ano: 2006
Orientador: Hélio Costa Lima
Co-orientador: Antono Cláudio X. Massa

Imagens: Bruno Gouvêa

2 comentários:

  1. Parabéns....un bello projetto!
    Gosto da solução em estrutura metálica...


    isnardbarroso@bol.com.br
    83 88033677

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