terça-feira, 20 de abril de 2010


Com a luz do nordeste. A arquitetura de Vital M. T. Pessôa de Melo (1)
Clara Reynaldo *


Influenciado pelo arquiteto carioca Acácio Gil Borsoi, em cujo escritório trabalhava como desenhista desde 1952, Vital M. T. Pessôa de Melo (Recife, 1936) ingressa, em 1957, no curso de arquitetura da escola de Belas Artes de Pernambuco. Este fora criado em 1932 segundo os princípios do movimento moderno quanto à formação dos arquitetos e, conseqüentemente, quanto ao repertório da arquitetura e do urbanismo pernambucanos.
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As referências modernistas defendidas por Le Corbusier no Congrés International d’Urbanisme de Strasbourg, em 1923, repercutiriam no Brasil a partir de 1929, quando o arquiteto visita o País pela primeira vez. Nesta ocasião, o jovem arquiteto Lucio Costa, então Diretor da Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, assiste à palestra proferida pelo grande arquiteto franco-suíço e encontra na estética moderna os argumentos para a formação profissional dos novos arquitetos brasileiros. A partir de então, passa a defender uma transformação radical do curso de arquitetura, até aquele momento identificado com as formas da arquitetura do período colonial.
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Era necessário se aproximar do ideário estético e das novas possibilidades oferecidas pelo avanço tecnológico, tanto em termos estruturais, quanto em relação ao uso de novos materiais. Para tal, seria preciso aparelhar a escola de um “ensino técnico-científico que orientasse o artístico no sentido de uma perfeita harmonia com a construção”, defendia Lucio Costa, que também queria que os estilos históricos fossem estudados como disciplina e jamais para aplicação direta.
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Em Recife, a repercussão dessas idéias ocorre ainda na metade da década de 30, disseminada pelas obras de arquitetura moderna de Luiz Nunes, então nomeado para organizar uma inédita repartição de arquitetura no âmbito da Secretaria de Obras Públicas da administração estadual de Pernambuco. Atuação esta que possibilita a propagação dos novos métodos construtivos e de novos materiais ou de seu emprego de maneira pouco usual, em um ousado programa de elaboração de obras públicas. Na parte estrutural, a preocupação foi com a economia, obrigando o arquiteto e o engenheiro calculista a estarem em perfeita harmonia.
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As novas informações são então filtradas para uma perfeita adaptação às condições climáticas da região – neste caso, o castigante clima tropical, quente e úmido, do litoral do nordeste brasileiro. Possibilitam-se, assim, grandes vãos de abertura, novos tipos de esquadrias e a renovação do emprego do cobogó no uso de planos ventilados, transparentes e para a proteção solar.
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É neste cenário de efervescência do debate e da produção moderna que se dá a formação, inicialmente prática e mais tarde acadêmica, de Vital. Ele amplia a sua convivência com o ideário modernista por intermédio de professores em sua grande maioria comprometidos com essa estética, destacando-se entre eles Edgar d’Amorim, Evaldo Coutinho, Ayrton Carvalho, Antônio Baltar, Pelópidas Silveira, Fernando Menezes, o carioca Acácio Gil Borsoi e o português Delfim Amorim. Merece destaque especial o arquiteto Borsoi por sua atuação tanto na academia quanto como arquiteto da Prefeitura do Recife e assessor técnico da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, atual IPHAN, a partir de sua chegada em Recife, em 1951.
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No âmbito nacional, o fim da ditadura Vargas trouxe um período de otimismo. “(Havia) muita esperança e liberdade, queria-se reconstruir o País”, lembra Borsoi, com entusiasmo. A arquitetura ganha importância e notoriedade com a ajuda da visibilidade de projetos como os da Pampulha e de Brasília, além da organização, em nível nacional, do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), fato importante para a atuação e a regulamentação da profissão.
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Após cinco anos de parceria profissional com Borsoi, em 1966 Vital abre seu próprio escritório. Nos primeiros anos desenvolve residências unifamiliares nas quais retrata o compromisso com o modernismo pelo uso de linhas ortogonais, do diálogo entre a estética e as condições técnicas, da integração entre os ambientes internos e externos e da adequação ao clima. Esta última é uma das principais regionalizações do movimento. Com eco nas principais cidades do País, a adaptação do espaço construído ao clima está expressa na preocupação com a insolação, a luz abundante, a direção dos ventos e o melhor aproveitamento destes. Requer da linguagem tipológica “o uso de terraços, grandes beirais e muita sombra”, segundo o mestre Borsoi.
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Da produção desses primeiros anos, merece destaque a residência Emir Glasner (1972), pela setorização dos usos, pelos beirais de proteção nos quartos do primeiro pavimento, que possibilitam amplas zonas de sombra no térreo, e pela acentuada inclinação da coberta. Esta, além do conforto térmico gerado pelo aumento do volume de ar do ambiente, possibilita a construção do mezanino, solução também adotada no escritório do arquiteto (1971). Alternativas adequadas às características climáticas e sócio-econômicas da região e coerentes com os preceitos do pensamento modernista. A casa conta ainda com o largo uso do concreto aparente, amplos vãos com esquadrias em veneziana de madeira e jardim de Burle Marx.
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Em 1971, Vital e o também arquiteto Reginaldo Esteves projetam a sede da Celpe (Companhia de Eletrificação de Pernambuco). O condicionante do terreno no desenho do edifício, o uso de brises de concreto e a plasticidade dos volumes são os elementos de destaque. O conjunto, preservado em nível municipal, é composto de quatro blocos com alturas e usos diferentes, cujas fachadas principais têm planos de vidros protegidos por brises de concreto pré-moldado, posicionados de acordo com o gráfico de insolação. Um jardim projetado por Burle Marx delimita a esquina e completa a obra, conservada tal qual o projeto original.
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Na área residencial, a produção mais expressiva de Vital foi desenvolvida nas décadas de 70 e 80, em projetos de edifícios multifamilares. Contribuíram para tanto o aumento demográfico, a expansão da mancha urbana e a substituição da residência unifamiliar tradicional pelos edifícios de apartamentos. A aplicação dos preceitos de volumes compactos apenas recortados para receber luz, sol e vento, o rigor no uso dos materiais, a racionalidade da planta e o uso da estrutura na periferia independente das divisórias são a tônica desta fase. Destacam-se os edifícios Sahara (1973), Jean Mermoz e Gropius (1974), todos em Recife. Nas unidades, amplos ambientes, janelas contínuas, cuidado na composição da fachada e o uso do peitoril ventilado, alternativa que, segundo o também arquiteto pernambucano Armando de Holanda, “permite a renovação de ar dos ambientes, mesmo durante chuvas pesadas”.
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Ainda nos anos 80, o arquiteto engajou-se na defesa do patrimônio histórico, tanto o local, de Pernambuco, como o nacional, atuando de distintas maneiras junto ao IPHAN. No instituto, Vital se dedicou à concepção da lei de Preservação dos Sítios Históricos do Recife (1979), aos projetos de restauração do Mercado de São José e da Faculdade de Direito do Recife. Em paralelo, trabalhou na elaboração dos projetos do atelier (1975) e da residência do pintor João Câmara (1982), localizados em Olinda. Seu interesse pela preservação histórica já vinha sendo estimulado desde o trabalho com Borsoi, cujo escritório localizava-se nas dependências do instituto.
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Devido à atuação no IPHAN durante dez anos, ao qual se dedicava em período integral, Vital reduz as atividades do escritório, também prejudicadas pela degradação dos projetos em decorrência dos interesses do mercado imobiliário: na maioria dos casos, as novas construções resultavam não da preocupação com o conforto ambiental, a melhor implantação ou a relação com a cidade, características perseguidas com rigor pelo arquiteto.
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No final da década de 80, Vital teve a oportunidade de contribuir para a produção de plantas não-residenciais, ressaltando-se, a arquitetura metroviária. Participa em conjunto com Reginaldo Esteves do projeto para o metrô da região metropolitana do Recife, sendo autor dos terminais de Jaboatão e Rodoviária e das estações Coqueiral e Cavaleiro (1988). Nestas, adotada o partido arquitetônico de “estruturas-pontes esculturais em concreto armado”, segundo Hugo Segawa, seguindo a tendência estabelecida para este tipo de construção em outras cidades. A singularidade, neste caso, apesar da evidente modulação e do material utilizado, dá-se pelo desenho de novas formas, o uso de ventilação cruzada, a iluminação em abundância e a harmonia do jogo entre os volumes.
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Ao longo dos anos 90, Vital participa de diversos concursos nacionais de urbanismo e é premiado pelos projetos de Renovação Urbana e Preservação do Bixiga (1990), pela proposta para valorização urbana da avenida Paulista (1996), e pelo concurso de idéias para um novo Centro de São Paulo (1997), pelos quais obteve, respectivamente, as primeira, segunda e terceira classificações. Em concursos de arquitetura, sob a preocupação de implantar o edifício na trama urbana, é premiado em primeiro lugar pelo edifício para o Centro Administrativo Banorte (1981), em Recife, e em terceiro pelo edifício Patrimonial do Confea (1999), em Brasília.
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No âmbito artístico, em seu papel de apaixonado, profundo conhecedor, e creditando à arte o caráter inesgotável, Vital procura incorporá-la em cada projeto, levando em conta a obra de arte como elemento não destacado, mas, sim, integrante da própria arquitetura. São painéis de Athos Bulcão, vitrais de Mariane Perreti, jardins de Burle Marx, esculturas de Anchises Azevedo e Abelardo da Hora, entre outros.
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É no bojo deste pensamento que surge a obra plástica de Vital. Sendo a Trama a mais importante de suas criações artísticas, além de integrada à arquitetura. Esta solução, iniciada a partir do estudo de revestimento para o pilotis de um edifício residencial, chega a um módulo base, o trapézio, gerando infinitas soluções de combinação. Executado em placas pré-moldadas de concreto, material de custo acessível e de fácil execução, “significa certa racionalização com alguma repercussão de custo, além da variedade de resultados com um mesmo material”, explica o arquiteto. Instalada inicialmente no edifício Sahara, reveste em seguida outros quatro. Ajudada pelas ilimitadas possibilidades, a Trama vira serigrafia e livro. Estas, com intenção de manter-se associadas à arquitetura, são executadas em cores com “pigmentos puros e pouca elaboração” comumente utilizadas na arquitetura popular brasileira.
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Nos últimos cinco anos, apesar da produção ser marcada por edifícios de grande porte ou de cunho especial, caso da reforma e ampliação do Museu do Estado de Pernambuco (2001), das escolas do Senai em Garanhuns (2004) e em Petrolina (2005), e da Indústria de Bebidas em Igarassu (2005), o arquiteto reafirma a sua crença na não-especialização na arquitetura. Mantém, assim, o atendimento que o pintor João Câmara chamou de “clínica geral”, defendendo a arquitetura como “obra realizada, concluída, e quando nela estiverem reunidos e equacionados todos os dados e condicionantes do projeto, a ponto de poderem ser traduzidos em termos de arquitetura, o trabalho do arquiteto é o mesmo, qualquer que seja o programa: é modelar espaços”.
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Sempre encarando as dificuldades como condicionantes e não limitantes do trabalho, Vital tem muito claro o fato de ser arquiteto em uma região subdesenvolvida de um país subdesenvolvido. Para ele, a informação que chega de fora é fundamental, desde que seja objeto de crítica e de adaptação à realidade local. Sobre o uso desenfreado do high tech, considera que a arquitetura deve ser “encarada como trabalho cultural, como produção das possibilidades de uma sociedade e não como realização setorial ou simplesmente pessoal”. Obras como a pirâmide do Louvre (de I.M. Pei) ou o Centro Georges Pompidou (de Richard Rogers e Renzo Piano), símbolos da arquitetura contemporânea, nunca seriam possíveis sem o uso da tecnologia. No Brasil, e em especial no clima do Nordeste, é indispensável o uso dos avanços tecnológicos, principalmente do ar-condicionado. No entanto, devem ser usados com muita cautela e restrição, não impedindo o edifício de funcionar na sua ausência.
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Vital acumula ainda grande participação em propostas urbanas, preservação e normativos – caso dos planos diretores –, além de constante atuação em comissões de julgamento. Próximo de completar 45 anos de atuação profissional, sempre sob constante rigor projetual, o arquiteto teve o conjunto de sua obra exposto recentemente em sala especial na 6ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo (2005) assim como em exposição no Espaço Cícero Dias no Museu do Estado de Pernambuco (2006), projeto de sua autoria.
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Notas
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Referência da publicação original: REYNALDO, Clara. “Com a luz do nordeste”. Arquitetura e Urbanismo, nº 148, São Paulo, Pini, jul. 2006, p. 73-77. Informação extra: Para subsidiar este artigo, a autora entrevistou Vital M. T. Pessôa de Melo no dia 13 de janeiro de 2006 no seu escritório, em Recife. Agradecimento: Amélia Reynaldo, Lourenço Gimenes e Vital M. T. Pessôa de Melo.

Bibliografia complementar

HOLANDA, Armando de. Roteiro para construir no Nordeste; arquitetura como lugar ameno nos trópicos ensolarados. Recife, Universidade Federal de Pernambuco, Mestrado de Desenvolvimento Urbano, 1976.
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LEME, Maria Cristina da Silva (coord.). Urbanismo no Brasil – 1895-1965. São Paulo, Studio Nobel; FAUUSP; FUPAM, 1999.
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MELO, Vital M. T. Pessôa de Melo. Tramas. São Paulo, Prêmio, 1989.
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WOLF, José. “Encontro dos tempos. Revisão Vital Pessôa de Melo”. In: Revista Arquitetura e Urbanismo (21). p. 79-81. São Paulo, Pini, 1988-89. 120 p.
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Revista Arquitetura e Urbanismo nº 139. Entrevista com Acácio Gil Borsoi por Éride Moura. 2005.
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SEGAWA, Hugo. Arquiteturas no Brasil 1900-1990. 2ª ed. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1999.


Escritório do arquiteto, Recife. Fonte: arquivo pessoal

Edifício sede da CELPE (1971), Recife. Foto: Aurelina Moura
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Edifício da CELPE, detalhe brise. Foto: Aurelina Moura

Edifício da CELPE, planta 1º pavimento. Foto: Aurelina Moura
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Residência Emir Glasner (1972), Recife. Foto: Aurelina Moura
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Residência Emir Glasner, corte longitudinal. Fonte: arquivo pessoal
Edifício residencial Sahara (1973), Recife. Foto: Aurelina Moura
Edifício residencial Sahara, planta pavimento tipo. Fonte: arquivo pessoal
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Atelier Joao Câmara (1975), Olinda. Foto: Aurelina Moura

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Estaçao Coqueiral do metrô (1988), Recife. Foto: Aurelina Moura
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Estaçao Coqueiral do metrô, corte transversal. Fonte: arquivo pessoal
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Edifício patrimonial do CONFEA, Brasília. 3º lugar no concurso nacional. Fonte: Vidgo Serviços de Informática
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Reforma e ampliaçao do Museu do Estado de Pernambuco, Recife. Fonte: Vidgo Serviços de Informática
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Reforma e ampliaçao do Museu do Estado de Pernambuco, corte transversal. Fonte: Vidgo Serviços de Informática
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Escola do Senai em Garanhuns, PE. Fonte: Vidgo Serviços de Informática
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Indústria de bebidas em Igarassu, PE. Fonte: Vidgo Serviços de Informática
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Escola do Senai em Petrolina, PE. Fonte: Vidgo Serviços de Informática

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* Clara Reynaldo, arquiteta e urbanista pela UFPE, 2006. Colaborou no escritório de Vital M. T. Pessôa de Melo (2002-2004). Participou da curadoria da mostra do arquiteto na 6ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo (2005), assim como da exposição A Arquitetura de Vital, no Museu do Estado de Pernambuco (2006). É Sócia-fundadora do escritório paulista CR2 arquitetura.

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Fonte: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp423.asp

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