quinta-feira, 14 de junho de 2012

Arquitetura & meio ambiente


A HORA E A VEZ DE UMA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL!
(rumo à Rio+20)
José Wolf                              


Ponto de partida - Emocionado, o astronauta soviético, Yuri Gagarin, em sua viagem espacial, em 1961, proclamava ao mundo:  a “terra é azul”. Mas, será, que nosso planeta, vítima de tantos desastres ecológicos e do efeito estufa em consequência de atos de desrespeito à natureza e ao meio ambiente continua azul?

Imagem: astronauta no espaço
Fonte: Google

Desafio – Para mantê-la azul, evitando que ela  se transforme em cinza, ambientalistas, arquitetos, ecologistas, integrantes de ong`s, cientistas estão se engajando numa verdadeira cruzada verde em defesa do meio ambiente e da natureza.    

Ao mesmo tempo, iniciativas e programas oficiais incentivados pela Unesco se ampliam na busca de respostas e soluções para um mundo mais sustentável, por meio de encontros e conferências, a exemplo da Rio+20, que acontecerá no Rio de Janeiro, de 20 a 22 de junho. 

Imagem: vista aérea do Rio de Janeiro
Fonte: Google

Utopia? Em matéria de capa, a revista Planeta (número 474), sob o título “Rio+20: o bonde da utopia”, questiona:
  “o que é sonho e o que pode ser real na Conferência global sobre meio ambiente, que a ONU promove no Rio de Janeiro”?

A conferência, que deverá reunir centenas de chefes de Estado, representantes de empresas, de agências multidisciplinares e de entidades civis,  colocará em pauta, a princípio, dois grandes temas. Ou seja: a busca de soluções para uma economia verde socialmente inclusiva e a transformação da ONU numa Organização Mundial do Meio Ambiente –Omma. 

Constatação – Sustentabilidade? Desenvolvimento sustentável, cidade sustentável, arquitetura sutentável, agro-negócio sustentável etc. Estes termos, não dá pra negar, tornaram-se a bola da vez dos debates temáticos do momento. Céticos, alguns torcem o nariz, duvidando dos resultados práticos dessa corrente, a exemplo de outras ou modismos do passado que acabaram no esquecimento. 

De qualquer forma, já podemos observar mudanças de hábitos e comportamento quanto ao meio ambiente em nosso cotidiano, como a questão do lixo reciclável, da substituição dos sacos plásticos por sacolas retornáveis, o reuso da água potável, a coleta seletiva do lixo eletrônico (pilhas, computadores, eletrodomésticos), o crescente uso da bicicleta como alternativa ao automóvel, a arborização de áreas degradadas, a reutilização e reciclagem de materiais descartáveis criando novas opções de uso na construção civil e no cotidiano da sociedade.

Questão - Até que ponto a Arquitetura pode contribuir para a qualidade de vida ambiental do planeta?
Até a revista AU (número 212), que andava tão distante de nossa realidade brasileira e, em particular, da realidade do Nordeste,  numa edição especial sobre arquitetura e sustentabilidade, enfocou o tema. Na seção “Fato & Opinião”, perguntou a vários arquitetos: “Se a boa arquitetura pressupõe critérios de  sustentabilidade, por que algumas das maiores obras de referência da arquitetura brasileira não são exemplos de eficiência ambiental? 

Imagem: Miguel Pereira
Fonte: Arquibacana

Sempre criterioso, o arquiteto Miguel Pereira ponderou e advertiu: é preciso ter cuidado ao fazer definições, argumentando:
-“ As maiores obras da Arquitetura brasileira são exemplos do bom uso de materiais, da preocupação com a orientação solar e ventilação (nesse ponto, os arquitetos do Nordeste, com certeza, dão um show), da valorização cultural, do respeito ao espaço urbano e do conforto do usuário”. E cita como exemplo a obra de João Filgueiras, o Lelé, ao qual poderiam ser agregados outros exemplos,incluindo projetos de Severiano Porto, Mário Aloísio (o novo aeroporto de Maceió) e dos saudosos Zanine Caldas, Lina Bo Bardi e Lúcio Costa.

Imagem: Croqui do Memorial Darci Ribeiro projetado por Lelé.
Fonte: Agência Unb

O debate, enfim, está aberto. Participe dele, também, com sua opinião e sugestão. 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário