MEMORIAL
O Laboratório de Práticas Projetuais do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Unipê, foi criado em 2003 com o objetivo de propiciar ao aluno uma iniciação profissional, a partir do seu envolvimento técnico, didaticamente planejado com as atividades específicas do profissional de arquitetura e urbanismo.
Entre as atividades previstas para o Laboratório de Práticas Projetuais, podemos citar a elaboração de estudos, pesquisas, consultoria, diagnósticos, relatórios, projetos e quaisquer outros trabalhos técnicos para a comunidade, assim o desenvolvimento de trabalhos que venham a ser contratados, relativos à prestação de serviços nas áreas de arquitetura e urbanismo, por empresas, organizações públicas ou privadas, e considerados de relevante interesse acadêmico.
Este proposta para a Juteca foi resultado de uma parceria do Movimento Paz e Cidadania – Cruz das Armas – e do Unipê, através do Laboratório de Práticas Projetuais do Curso de Arquitetura e Urbanismo, visando o desenvolvimento de um anteprojeto de reforma do Teatro da Juteca.
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OBJETIVOS
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Objetivo Geral
Elaborar um anteprojeto de arquitetura de reforma do Teatro da Juteca, que se adeque às suas atuais necessidades de funcionamento.
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Objetivos Específicos
• Resgatar o valor simbólico do grupo teatral de Cruz das Armas - JUTECA;
• Proporcionar um espaço de lazer, educação e cultura para o bairro de Cruz das Armas;
• Instigar o contato da população carente com as artes;
• Diminuir o nível de marginalização no bairro;
• Criar condições de acessibilidade a todos.
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JUSTIFICATIVA
• Apesar de possuir grande delimitação na malha urbana de João Pessoa, Cruz das Armas é um bairro carente em espaços de lazer e convívio social;
• Existe interesse da comunidade em reativar o Teatro;
• O grupo Teatral Juteca ainda existe, porém não há espaços onde o mesmo realize suas atividades;
• Atualmente, o bairro apresenta altos índices de violência urbana, com formação de gangues de ruas e assassinatos.
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ASPECTOS HISTÓRICOS
• Em 1960 forma-se a Juventude Teatral de Cruz das Armas – JUTECA, grupo de jovens atores do bairro, dentre eles Ednaldo do Egypto, Zezita Matos, Félix Galdino e Dorgival Soares Barbosa, Breno Matos, Geraldo Jorge;
• Através de doações, é inaugurado em 1961 o Teatro da Juteca, sendo o primeiro teatro de bairro de João Pessoa;
• Manteve-se em funcionamento até o início dos anos 80, quando em regime de comodato foi transferido para Escola Estadual Municipal Oscar de Castro, que não se responsabilizou por sua manutenção;
• Após o fechamento, o teatro ficou abandonado. A pedido do teatrólogo Ednaldo do Egypto foi ocupado por uma família que habita precariamente o edifício até os dias atuais.
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A PROPOSTA
A reativação do Teatro da Juteca é parte de um projeto mais amplo de criação de um centro cultural, com espaços para apresentações teatrais, dança, música, cinema, palestras e exposições. A fase inicial prevê a adequação da Juteca às novas necessidades programáticas e exigências da legislação pertinente, disponibilizando à comunidade, em um primeiro momento, um novo espaço para as apresentações e estudo das artes.
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O terreno, de dimensões reduzidas, associado às novas exigências projetuais, determinaram a verticalização da construção dentro dos limites máximos permitidos pela legislação. A proposta, em sua reformulação da fachada, ao utilizar uma linguagem arquitetônica calcada na verticalidade e no uso de materiais contemporâneos, procura atribuir um novo valor estético a edificação, ao mesmo tempo em que resgata o caráter simbólico que a mesma tem para a comunidade.
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Espacialização
Três grupos funcionais principais delinearam uma nova configuração para o edifício. Um bloco anterior, totalmente reconstruído, abriga a bilheteria, foyer, sanitários, administração e sala de múltiplo uso; o bloco central compreende os espaços da platéia, balcão e cabine técnica, e em um terceiro bloco estão localizados a caixa cênica e camarins.
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O acesso principal à edificação é identificado por um terraço que abriga a bilheteria. O rebaixamento do nível da platéia permitiu a acessibilidade à edificação das pessoas com dificuldade de locomoção, através de um acesso lateral que também funciona como saída de emergência.
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Um foyer de pé direito duplo direciona o público para os principais espaços do teatro. Os acessos às áreas da platéia e balcão é feito através de lances de escada (e rampas laterais), dispostos sobre um jardim interno com fechamento superior em domus, proporcionando iluminação e ventilação naturais.
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Nos demais planos deste bloco, estão localizadas a administração e a sala de múltiplo uso, destinada às aulas de dança, música ou eventualmente como alojamento e camarim para os atores. Esta sala, dotada de wc e copa de apoio, possui iluminação natural e ventilação cruzada, conectando-se diretamente ao palco e camarins principais por uma circulação exclusiva de serviço.
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Em nível situado 1,57m acima, está a platéia. distribuída em patamares, com capacidade para 114 lugares lugares, dos quais dois destes destinados à cadeirantes, este espaço foi redimensionado para viabilizar o proscênio da caixa cênica, sendo complementado pelo balcão superior com 23 poltronas. A cabine técnica, localizada sobre o balcão foi projetada para controle de luz, som, como também projeção de cinema. O acesso direto ao urdimento é facilitado pela existêcia de uma circulação lateral, garantindo eficiência operacional.
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A caixa cênica e camarins definem o terceiro e último bloco do teatro. Na caixa cênica, A altura do urdimento foi redimensionada, adequando-se às exigências técnicas. O palco está localizado 70 cm acima do nível da platéia, com boca de cena de 6 metros de largura por 4 metros de altura, um proscênio de 1,5m define uma profundidade total de 6,5m ao palco. As passarelas e varandas, juntamente com as grelhas do urdimento dão o suporte técnico necessário.
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Sob o palco estão os camarins e áreas de apoio necessárias ao corpo teatral: estar, wcs e depósitos. Todos estes espaços interligados ao palco e sala de múltiplo uso através de escadas e circulações de serviços.
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Instalações
Os sistemas de refrigeração adotados para o Teatro da Juteca são de dois tipos, central splitão vertical para platéia e cabine técnica e split aparente de parede para camarins, estar, administração e sala de múltiplo uso. No primeiro caso, as máquinas serão instaladas na circulação técnica lateral e os dutos aparentes no nível das placas acústicas.
Além de toda vedação e climatização da platéia, propõe-se um jogo de placas acústicas no teto que associadas ao revestimento das alvenarias e do piso garantam a integibilidade da palavra no ambiente.
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O projeto luminotécnico englobará especialmente dois trechos distintos do corpo do edifício, a platéia e o palco, ambos acionados da cabine técnica. Suas instalações situam-se em grande parte na caixa cênica (em varas de iluminação fixadas em viga metálica) e na estrutura inferior da cabine de comando e passarelas.
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Estrutura
A solução estrutural adotada para o Teatro da Juteca é mista, utilizando o concreto armado no bloco anterior (pilares, vigas e lajes), para os trechos de recuperação da platéia e caixa cênica foram utilizados estruturas em concreto armado (pilares) e perfis metálicos para o vigamento da coberta.
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FICHA TÉCNICA
LABORATÓRIO DE PRÁTICAS PROJETUAIS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
UNIPÊ – JOÃO PESSOA / PB
Coordenadora Geral: Arqa. Amélia Panet (Profa.)
Coordenador Executivo: Arq. Cláudio Nogueira (Prof.)
Coordenador do Projeto: Arq. Ernani Henrique Júnior (Prof.)
Colaboradores: Arq. Francisco Trajano Sales (Prof.)
Arq. Jean Carlo Fechine (Prof.)
Estagiárias: Márcia Virginia Costa (aluna)
Rebeca Conserva (aluna)
Tatiana Moura (aluna)
Estrutura: Eng. Marcelo Franca (Prof.)
Instalações Elétricas: Arq. Valder de Souza (Prof.)
Orçamento: Eng. Eduardo Porto (Prof.)
Inst. de Prevenção Incêndio: Eng. Hamilton Matos (C. Bombeiros)
Ar Condicionado: Eng. Carlos Roberto (ENGEAR)
Maquete: Bertrand Pereira (téc. maquete)
Adri Duarte Lucena (aluno)
Felipe Rock Pereira (aluno)
Fotografias: Christian Azevedo (aluno)
Ricardo Nogueira(aluno)
Francisco Cabral (aluno)
Arquivos JUTECA
Esse laboratório já foi construído?
ResponderExcluirMarina, o título dos projetos publicados no ArqPB geralmente se referem aos autores. O subtítulo se refere ao projeto ou obra. Nesse caso trata-se do teatro Juteca.
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