quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Exposição fotográfica





Nesta quinta feira, dia 22 de janeiro, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento da Paraíba abre as portas do Memorial da Arquitetura Paraibana para a exposição do fotógrafo Reginaldo Marinho intitulada "Retratos de João Pessoa".

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Após a repercussão do lançamento do álbum fotográfico "Verde que te quero ver" no Centro Cultural Zarinha, ocorrido no final do ano passado, o público em geral terá uma nova oportunidade de ver uma compilação de belíssimas imagens da capital paraibana que compõe o livro.

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Com uma paixão arrebatadora de uma adolescência permanente as lentes de Reginaldo Marinho revisitam, em "Verde que te quero ver", fragmentos extraordinários de uma cidade dividida entre a província e a metrópole. O cuidadoso registro fotográfico é fruto de um declarado flerte de Marinho com a Philipéia de Nossa Senhora das Neves. As imagens capturadas revelam o fetiche de um cidadão pelo singelo, pelo bucólico, pela história e por uma urbanidade que se aproprie do nosso patrimônio construído e das nossas riquezas naturais de forma equilibrada e sustentável.

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A fome de imagens foi percebida nos versos do poeta pernambucano Jaci Bezerra "O alfabeto do homem/é o mundo circundante;/a luz que o olho consome/para nutrir a fome/ de um só e eterno instante." Esses versos do poema "Retrato poético de Reginaldo Marinho" denunciam a presença de uma alma inquieta sempre faminta e criativa em busca de novas imagens para o deleite de nossa visão.

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Lau Siqueira segue pelo mesmo caminho ao analisar a obra desse talentoso fotógrafo: "Reginaldo é um daqueles guerreiros, canibais da própria fome, de cérebro inquieto que se sustenta sobre seu tempo, sabendo que andou muito mais que seus próprios passos. Sabendo que o caminho da arte é o risco. Ele corre riscos! Não teme seus próprios medos."

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Inventor consagrado e com um olhar privilegiado, Marinho captura imagens que estão armazenadas em sua memória, reconstruindo paisagens com a cumplicidade da luz e das cores, congeladas pelo tempo, e que foram registradas pelos versos de Jaci Bezerra: "Ao escrever com o vento/ e com a luz madura,/não guarda o homem o intento/ de transformar em invento/ o que o olho procura." Ou nestes versos: "Dentro do olho da câmara/há outro olho aceso./Esse olho, brasa e chama/solto e desperto, inflama/o mundo e o deixa preso."

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No trajeto entre o rio e o mar, o fotógrafo, com sensibilidade de urbanista e espírito de poeta, passeia entre lugares pitorescos de João Pessoa, elegendo sempre um ângulo inusitado, o momento oportuno e a luz adequada para enaltecê-lo.

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O álbum, de pequena tiragem, além de um luxo é um convite a uma lua-de-mel com a cidade.

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Esta é a frase preferida de Marinho: "Sou um homem conservador, conservo a inquietude e a rebeldia da juventude." Espero que ele continue assim para nos brindar com essas imagens que os seus olhos vêem.

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Local: Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento da Paraíba, no Largo da Igreja de São Frei Pedro Gonçalves, casa número 2




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