sexta-feira, 11 de setembro de 2009

ENAD avaliou cursos de arquitetura no país

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), autarquia federal vinculada ao MEC (Ministério da Educação), divulgou os resultados obtidos pelos cursos de graduação que participaram do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) em 2008, dentre eles, os de Arquitetura e Urbanismo.
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Cada curso recebeu o Conceito Enade, o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (Conceito IDD) e o Conceito Preliminar de Curso (CPC). O Conceito Enade reflete a média obtida pelos estudantes concluintes dos cursos avaliados. O IDD aponta o quanto o curso agrega de conhecimento ao aluno. O CPC tem como base o desempenho dos estudantes no Enade e o IDD, além de variáveis de insumo como corpo docente, infraestrutura e organização didático-pedagógica do curso.
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Em 2008 houve duas mudanças no cálculo dos conceitos. O Conceito Enade passou a considerar apenas o desempenho dos alunos concluintes, enquanto o CPC – indicador que continua a usar a nota dos ingressantes – alterou os pesos dos componentes considerados em seu cálculo. Agora, o IDD contribui com 30% na composição do CPC, a média dos ingressantes contribui com 15%, assim como a dos concluintes, a proporção de professores com doutorado compõe 20% do conceito, e as demais variáveis entram com 5% cada: proporção de professores com mestrado, professores com regime de trabalho parcial ou integral, avaliação positiva dos alunos quanto à infra-estrutura do curso e avaliação positiva dos alunos quanto à organização didático-pedagógica.
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Comparativo dos resultados obtidos pelos cursos de Arquitetura e Urbanismo da Paraíba em relação ao Nordeste e ao Brasil. (clique na imagem para ampliá-la.)
Adaptado do quadro fornecido pelo Inep
Fonte: http://www.inep.gov.br/download/superior/enade/2008_Enade_CPC_decomposto.xls
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O quadro acima revela um recorte do desempenho das faculdades de arquitetura brasileira. A proliferação dos cursos de arquitetura e urbanismo ocorrida nos últimos anos, em todo o território nacional, nos leva a questionar se a real demanda do mercado conseguirá absorver a oferta anual de profissionais. O que sabe-se é que a quantidade nunca andou de braços dados com a qualidade e isto certamente tem reflexos diretos sobre o ensino.
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Como professor de arquitetura levanto aqui outra questão enfrentada no cotidiano acadêmico que é a falta de entusiasmo perante os desafios propostos em sala de aula. As vezes fica a impressão que a aquisição do diploma se sobrepõe a conquista do conhecimento.

Numa sociedade cada vez mais competitiva e especializada, a excelência tem sido um componente extremamente valorizado e deve, inexoravelmente, ser perseguida pelo ensino superior.


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