Concurso: proposta para um planetário
Rio Branco - AC
O processo de investigação conceitual para elaboração da proposta arquitetônica do planetário de Rio Branco no Acre foi pautado em quatro diretrizes fundamentais:
1) a investigação de elementos da arquitetura vernacular que estruturassem um elemento icônico culturalmente assimilável;
2) a incorporação de uma tecnologia construtiva sustentável, limpa, de fácil aquisição e possível de ser manuseada pela mão de obra local;
3) uma implantação que dialogasse com o entorno urbano e se apropriasse da paisagem natural exuberante.
4) a utilização de recursos passivos e bioclimáticos como ferramentas de controle térmico e acústico.
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RELEITURA DA ARQUITETURA VERNACULAR
No nosso entendimento encontrar as referências originais para o projeto do planetário é direcionar o olhar para o cerne da cultura tecnológica e construtiva vernacular.
No nosso entendimento encontrar as referências originais para o projeto do planetário é direcionar o olhar para o cerne da cultura tecnológica e construtiva vernacular.
A Região Amazônica remonta aos primeiros habitantes do nosso país e as primitivas manifestações de abrigos para o desenvolvimento das atividades humanas.
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Referências
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Referências
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Referências
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Conceituação compositiva
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Observando a lógica construtiva empregada em algumas destas edificações rudimentares encontramos os elementos chave que nortearam o partido arquitetônico adotado pela nossa proposta e demonstrado na sequência gráfica acima.
A estrutura em arcos disposta transversalmente e travejada longitudinalmente por esbeltas peças de madeira criam uma trama envolvente e acolhedora que, sem a cobertura de palha, filtram a luz, conferem visibilidade e uma íntima relação entre o interior do edifício e o meio ambiente externo.A partir de uma observação sensível partimos para uma reinterpretação contemporânea dos valores simbólicos e técnicos implícitos neste modo de construir e definir o abrigo.
A estrutura em arcos disposta transversalmente e travejada longitudinalmente por esbeltas peças de madeira criam uma trama envolvente e acolhedora que, sem a cobertura de palha, filtram a luz, conferem visibilidade e uma íntima relação entre o interior do edifício e o meio ambiente externo.A partir de uma observação sensível partimos para uma reinterpretação contemporânea dos valores simbólicos e técnicos implícitos neste modo de construir e definir o abrigo.
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Croquis do Partido
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Perspectiva
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TECNOLOGIA SUSTENTÁVEL
TECNOLOGIA SUSTENTÁVEL
A opção pela estrutura metálica permite uma maior racionalização do processo construtivo, pois os elementos estruturais são produzidos fora da obra e apenas montados no local. Isso possibilita um canteiro seco e limpo, a minimização do desperdício de materiais, sem esquecer o reaproveitamento e reciclagem das peças após a vida útil da obra. Trata-se de uma tecnologia acessível e familiar.
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Imagem do local: Satélite
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DIÁLOGO COM O ENTORNO URBANO
O edifício foi implantado longitudinalmente no centro do espelho d’água existente de forma que o setor administrativo se voltasse para a face sudoeste, mais silenciosa, onde predomina uma vegetação densa de grande expressão paisagística.
O edifício foi implantado longitudinalmente no centro do espelho d’água existente de forma que o setor administrativo se voltasse para a face sudoeste, mais silenciosa, onde predomina uma vegetação densa de grande expressão paisagística.
A área social e o acesso ao planetário foram definidos através da face nordeste, estabelecendo-se um contato visual mais direto com a cidade através da BR 364. No amplo trapiche de acesso foi reservada uma área para observação com telescópios. As funções do edifício foram ampliadas com a criação de um espaço multiuso na laje de coberta propício a exposições e manifestações artísticas e culturais ao ar livre.
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Praça de eventos
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CONFORTO TÉRMICO
Os beirais proeminentes protegem o corpo do edifício enquanto que casca envoltória em brises filtra a insolação sobre a laje de cobertura. As aberturas nas fachadas nordeste, noroeste e sudoeste possibilitam a ventilação cruzada nos ambientes e a redução da dependência da ventilação mecânica.
Sequência estrutural 01
Sequência estrutural 02
Sequência estrutural 02
Sequência estrutural 03
Sequência estrutural 04
Sequência estrutural 05
Sequência estrutural 06
Estudo volumétrico
Estudo volumétrico
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Ficha técnica
Ficha técnica
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Arquitetura: Oliveira Júnior e Davi de Lima
Estagiários: Lívia Loureiro e Alberto Oliveira
Maquete e renders: Rodrigo Rathge
Consultoria em projetos complementares: Thiago Mousinho
Consultoria em estrutura metálica: Arquitrave
Consultoria em orçamento: Thiago Mousinho e Arquitrave
Croquis: Oliveira Júnior
Local: Rio Branco - Acre
Ano: 2009
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