domingo, 28 de setembro de 2008
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Project A.01 Architects
Residence klosterneuburglower - Austria
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Site: www.schmitzer.com
domingo, 14 de setembro de 2008
Cristiano Rolim & Ricardo Nogueira
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O DESEJO
Para lançar o empreendimento imobiliário do Condomínio residencial Alphaville – João Pessoa, o escritório foi contratado para projetar uma casa padrão dentro da área de preservação rigorosa estabelecida pelo órgão patrimonial estadual já que no loteamento se encontra um bem tombado, a sede da fazenda Boi Só e seu entorno imediato.
A intenção era mostrar aos compradores do condomínio que mesmo na área de maior restrição, havia a possibilidade de executar no menor lote do condomínio um projeto que representasse o estilo de vida Alphaville.,
O PRODUTO
O estilo Alphaville se instala em João Pessoa, um conceito de urbanismo privilegiado, em uma locação especial, cercada de história e memória afetiva. Uma porção da cidade resguardada à espera de intervenção
Uma casa que, respeitando as normativas do condomínio e dos órgãos de preservação estadual, se insere na paisagem como representante do nosso tempo. Uma proposta em dois níveis com garagem para dois carros, sala para dois ambientes, varanda integrada a área de lazer, gabinete e banheiro social, copa, cozinha, área de serviço e dependência para empregada no térreo e três suítes com varanda e saleta intima no superior.
Uma casa que abre os espaços em grandes volumes que se sobrepõem em um jogo de sombras e cores. Uma obra contemporânea, uma arquitetura que reflete a tradição do legado modernista, um registro atual em um espaço conceituado de história, uma arquitetura moderna, reflexo do nosso tempo.
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Ficha técnica
Arquitetura: Cristiano Rolim e Ricardo Nogueira
Local: Alphaville João Pessoa / PB
Bienal de Veneza propõe resgate do 'lar doce lar' pela arquitetura
Entre os dias 14 de setembro e 23 de novembro, a mostra Out There: Architecture Beyond Buildings (algo como Lá Fora: A Arquitetura para Além dos Edifícios, em tradução livre) quer resgatar os valores da arquitetura perdidos em "túmulos de cimento" - ou seja, em edifícios modernos que sufocam a realização de chegar em casa e "se sentir" em casa, e não em num simples dormitório.
Em 56 pavilhões estrangeiros, cem arquitetos convidados - entre eles, Frank O. Ghery, Zaha Hadid, An Te Liu, Herzog & Mede Meuron - e 300 profissionais do setor, trouxeram para a mostra o que viram e ouviram de seus clientes.
Segundo ele, o grande problema é a inércia da arquitetura. "Ela não representa apenas 'o construir', mas sim o ir mais além. Os prédios nada mais são do que uma realidade insuficiente, se transformaram em 'túmulos de arquitetura'. Eles são grandes e caros e dificilmente se adaptam as novas exigências da vida moderna", comentou, durante a apresentação da Bienal.
O Brasil colheu ao pé da letra a proposta da Bienal. O curador do pavilhão brasileiro, o arquiteto Roberto Loeb, saiu a campo para ouvir os relatos de 86 pessoas das mais diferentes idades, classes sociais e profissões. E transformou esses depoimentos em painéis fotográficos e as paredes em grandes murais.
Figura 01 - A Bienal de Arquitetura de Veneza sublinha a valorizção do espaço interno para o bem-estar de quem está dentro. Este barraco criado embaixo de um viaduto em São Paulo revela a necessidade e a capacidade de um homem simples em transformar a sobrevivência numa arte maior. .
"Começamos pelas memórias de cada um, das coisas mais importantes das vidas até as propostas que alguns fazem para as ruas, as praças, para o mundo, para a infra-estrutura de hoje", explicou para a BBC Brasil, Roberto Loeb.
"Encontramos uma babá na zona sul do Rio do Janeiro que propôs soluções viárias para a cidade, através de viadutos e pistas. Ela propõe ainda a criação de centros de educação física onde vive, em Caxias, nos quais as crianças aprenderiam lutas marciais e assim ganhariam auto-estima que ajudaria no respeito a si próprio e aos outros", comentou o arquiteto.
Outro exemplo é foto de uma casa de um sem-teto, decorada com calotas de ônibus, plástico amarelo e outros materiais encontrados na rua, apresentada no principal muro do pavilhão.
"É um palácio feito com restos. Com amor, com sensibilidade se pode fazer muito com pouco. Ele reciclou tapetes e moveis velhos e fez um canto que e' um encanto", resume Roberto Loeb.
"Achei que era o momento de trazer para a Bienal o 'não-arquiteto', a voz de pessoas que de uma forma ou de outra usam ou não o trabalho do arquiteto."
De volta às origens
A reciclagem está na ordem do dia nesta Bienal. Por todo o chamado Giardini, onde estão os pavilhões das nações participantes, e em algumas áreas do Arsenale, onde foi montada uma exposição chamada Installations, se vêem pequenos viadutos feitos com madeira e galões de plástico.
Nas mãos de arquitetos estes materiais destinados ao lixo ressuscitam e ganham uma nova função e forma cada vez mais arrojadas e inovadoras.
Projetos de revitalização de espaços urbanos 'mortos', com os parapeitos de viadutos, tetos e paredes de prédios, prevêem uma verdadeira revolução verde.
A implantação de pequenos jardins suspensos serve para devolver ao habitante da cidade o contato com a natureza.
Mais do que apresentar soluções milagrosas para a questão da habitação no mundo, a Bienal propõe interrogações através de instalações sobre a necessidade do ser humano valorizar, viver e possuir o espaço à sua disposição.
O conhecido arquiteto Frank O. Gehry, que criou, entre outros projetos, o do Museu Guggeneheim em Bilbao, trouxe uma maquete gigante de um hotel em construção em Moscou. Em tempo real, e diante do público, um grupo de artesãos de Veneza completa a obra, cobrindo a estrutura de madeira com argila, segundo orientação do arquiteto.
"Enquanto muitos buscam novas formas com tecnologia de ponta, Frank O. Gehry volta às origens e mantém as raízes nos elementos naturais", afirmou um dos artesãos à BBC Brasil.